sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Um conto de Natal… Jurídico!

Um conto de Natal… Jurídico! (Conto de Charles Dickens adaptado por Gustavo Rocha)
Era uma vez um advogado que vivia em um mundo que achava ideal: Peticionava, tinha alguns clientes e sua preocupação era estar mais próximo do judiciário e ganhar causas.
Tinha uma vida estável, confortável e pensava que nada e nunca isto iria mudar.
Sempre tratou a todos com o máximo de orgulho e vaidade, pois ao seu ver, todos deveriam perceber que ele era o dono da razão, o dono da verdade, o profundo conhecedor do universo jurídico!
Na véspera de Natal, eis que o inabalável senhor da verdade está sozinho em sua mansão, pensando em como irá resolver mais um causo, quando ouve um barulho enorme… Então, lhe aparece a figura de seu sócio já falecido, cheio de amarras… Não correntes, mas aquelas presilhas de processos furando seu corpo e amarrado com os elásticos ainda escritos TJRS e TRT 4 Região…
Apavorado, o advogado vaidoso pergunta: Sócio! O que houve com você?
Eis que o sócio responde: Eu vivi para os processos, meu sócio… Vivi num mundo onde apenas os elásticos dos processos eram o meu universo, quanto mais elásticos eu ficava e devolvia os processos sem eles, mais eu me achava rico e feliz… (quem nunca fez isto, não é mesmo?) e pensava que era feliz porque ganhava honorários de 50% em cima de clientes humildes e dos ricos não conseguia cobrar mais de 15%… Por isto, sou hoje furado pelas presilhas dos processos que tanto cultivei em minha existencia terrena…
E o que você quer de mim, sócio?, questionou apavorado, o advogado rabulado em sovinice….
Vim te dar uma chance de se redimir dos furtos, quiçá apropriação indébita dos elásticos dos tribunais e da sua forma de viver… Você terá a visita de 3 espíritos… Não são o juiz, o promotor e o advogado da parte contrária, fique tranquilo….
Um será do passado, outro do presente e outro do futuro… A cada badalada do relógio, um estará contigo… Aproveite esta oportunidade… Eu não posso mais, não aguento mais estes elásticos vagabundos arrebentando em minhas mãos… Nem ter o corpo perfurado por estas presilhas… Aproveite… Aproveite…
E assim, o outro sócio saiu pela janela voando e sofrendo com seus elásticos e presilhas…
O advogado orgulhoso de seus feitos ainda reticente pensou: Deve ser loucura… Aquele whisky do final de tarde devia estar batizado pelo estagiário…
Então, bate o relógio… Do nada, numa fumaça branca aparece um espírito que diz com uma voz cavernosa: Eu sou o espírito do advogado do passado… Vim aqui para te mostrar um tempo que já passou… Então, pegou o advogado cheio de soberba e voou pela janela, lhe levando no tempo ao passado… Mostrou os processos unicamente em papel, as presilhas e os elásticos que desde estagiários ele se apropriava… Mostrou que houve um tempo de preocupação com ideais de justiça e cidadania e que com o tempo estes ideiais se foram… Deram lugar a números e mais números…
O advogado ficou assustado em voltar para a sua mansão depois de ver um passado que para ele parecia presente… Ele ainda se orgulhava de ter sua máquina de escrever… Se orgulhava de não usar computador… Se orgulhava de pagar pouco e querer muito dos colaboradores… Como isto pode ser o passado se eu vivo ainda assim?, pensou ele.
Ainda sem pensar direito, toca novamente o relógio… São duas badaladas… Então aparece um outro fantasma, desta vez de vermelho (cor do advogado e não do papai noel, tá?) e diz, vamos dar uma volta… Então, leva o advogado antiquado para ver a realidade do processo eletrônico, da digitalização de documentos, certificação digital… Leva ele para conhecer a gestão e a tecnologia na área jurídica… Ele fica atônito… Não entende como isto pode fazer a diferença, já que ele ainda vive noutro tempo…
Então, mais rápido que a luz, ele retorna ao seu quarto da mansão… Então pensa: Será que realmente preciso de gestão e tecnologia?
Mal consegue formular a pergunta e uma nuvem preta aporta em seu quarto e com uma mão grande aponta para a janela… O advogado sovina entende e vai ver o que o terceiro espírito quer lhe mostrar…
Ele se depara com um judiciário totalmente informatizado, com números e mais números ditando a gestão, infelizmente sem tantos números assim para a prestação jurisdicional da justiça, mas com números de atendimentos e resultados (???) práticos obtidos… Vê a advocacia cada vez mais eletronica e voltada aos processos coletivos, já que as súmulas vinculantes e outras regras prendem aquilo que se chamava de advocacia tradicional…
E, num passe de mágica, vê morto… Não o advogado, mas o escritório dele… Fechado, as moscas…
Assim, vendo aquela cena funesta ele compreende: Se não mudar agora, no presente, aproveitando a experiencia que adquiri no passado, meu futuro não existirá!
Preciso mudar! Hoje! Agora!
Ele acorda no seu quarto… É dia 24 de Dezembro… Ele decide que vai mudar, que vai inserir mais gestão, mais profissionalismo, mais planos de carreira, planejamento estratégico, mais tecnologia e trabalhar com foco nas pessoas para que os resultados possam ser completos… Vai trabalhar para ser menos arrogante e mais disponível, tanto com colaboradores como clientes… Vai compreender que é dividindo lucros que multiplicam-se resultados…
Ele vai fazer tudo isto… Mas, não hoje, porque é véspera de Natal e ninguém trabalha… Dia 26 para alguns colaboradores, dia 7 de Janeiro para outros ou no retorno das férias para outros ainda (não esquecamos que férias para advogados é no recesso) ele vai aplicar tudo que aprendeu em 3 badaladas…
E você, o que aprendeu disto tudo?
Nem todos teremos a chance deste advogado… Vamos mudar já!
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Que o espírito de Natal abençoe você de uma forma indelével deixando bondade, amor, carinho e muita paz na sua vida.
Um 2013 recheado de mudança, gestão, tecnologia e amor, pois o trabalho é o amor tornado visível já disse Khalil Gibran.
Que seus sonhos sejam realidade e possa ser o melhor de ti mesmo todos os dias.
Votos sinceros e fraternos! Muita saúde, força e união!
Até 2013, então…
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestaoAdvBr
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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Quiçá, o antepenúltimo post…

Quiçá, o antepenúltimo post…
Não do portal inteiro, mas de 2012 com certeza.
Oxalá possamos nos encontrar em 2013 com mais amor, paz e vida em nossos corações, mentes, razão e sentimento.
2012 foi um ano de muitas conquistas, algumas perdas e muito trabalho em prol da gestão e tecnologia.
Observamos o crescimento do processo eletrônico, o interesse dos profissionais do direito por gestão, a profissionalização da tecnologia dentro dos escritórios e departamentos jurídicos.
Além disto, as tendências para 2013 são avassaladoras: Cada vez mais dependentes da internet, para tudo, seja para trabalhar, seja para o lazer. Tenho convicção que alguns ainda vão se rebelar e querer voltar a ser como os Amish (para quem não conhece, clique aqui). Mas, não tem volta, da forma como estamos globalizados, devemos estar cada vez mais conectados.
Óbvio, não precisamos adoecer, envelhecer, se desesperar porque a internet está fora do ar. Sempre poderemos ver a vida se renovando fora do escritório, as pessoas conversando pessoalmente e não apenas respondendo emails, podemos até mandar uma carta para matar a saudade de escrever a mão… (as vezes faço isto…)
A vida é muito maior que a tecnologia. A vida é muito mais que um planejamento estratégico.
Contudo, com planejamento e tecnologia podemos ter uma vida mais focada ao trabalho quando precisamos trabalhar e criar mais tempo, dentro das mesmas 24 horas de cada dia, para curtirmos aquilo que realmente importa: Nossa família, fé, pessoas que amamos, enfim, aquilo que balança o seu coração.
Já pensou em ter alguns minutos para responder um SMS ou enviar? Uma ligação só pra dizer assim: Pensei em você. Deu saudade. Você é importante.
Se não conseguimos criar tempo para isto, que é o que realmente importa, vamos ter tempo apenas para ganhar dinheiro? Trocar a minha vida por um pedaço de celulose feito a partir de madeira pré-tratada e impressa com intuito de subjulgar o meu valor??? Não, obrigado.
Ganho dinheiro para viver, para curtir a vida e preciso de tempo para aqueles que amo, senão tenho convicção de que meu tempo não está sendo bem gasto.
E você, como vê isto?
Deixe em 2012 as mazelas de 2012. Renove-se para 2013. Pense em coisas boas. Ajude alguém. Dê um beijo de surpresa. Diga que ama, se você ama.
Estamos diante do Natal e da virada de ano.
Época em que todos tendem a serem mais condescendentes uns com os outros, onde o amor paira no ar, onde o perdão deveria ser a regra.
Época em que queremos tudo novo, de novo.
Época de presentes, manifestações de fé e música do Roberto Carlos e da Simone…
É, parece que tudo vai acontecer de novo.
E você não pensa diferente? Não acha que podemos fazer diferente?
Quem sabe vá até o correio e pegue uma carta e dê um presente a um desconhecido?
Quem sabe compre um mini rancho e doe a uma instituição carente?
Quem sabe observe os menos afortunados e ajude de alguma forma?
Quem sabe… Você é que sabe, se realmente quiser saber.
Quiçá este foi o antepenúltimo post de 2012…
E para você, qual será a sua última atitude de 2012?
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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Ordem: Fazer mais com menos

Esta deveria ser sempre a ordem definida: Fazer mais com a mesma equipe, com o mesmo investimento, com o mesmo financeiro.
Nem sempre é possível, lógico.
Numa entrevista concedida ao Valor Economico, James Womack discorre sobre a metodologia “Lean Management”, justamente com a ideia de fazer mais com menos.
Vejamos trechos desta entrevista:
“(…)
O termo Lean foi cunhado no fim dos anos 1980 em um projeto de pesquisa do Massachusetts Institute of Technology (MIT) sobre a indústria automobilística mundial. A pesquisa revelou que a Toyota havia desenvolvido um novo paradigma de gestão. Naquela época, a montadora japonesa não estava nem entre as dez maiores do mundo. Em 2009, já liderava em volume de vendas. Com o estudo do MIT, a filosofia Lean se tornou uma estratégia de negócios aplicável a diferentes tipos de indústrias, inclusive hospitais, bancos e no setor aeroespacial.(…)
Valor: O que faz o Lean?
James Womack: Lean é simplesmente criar mais valor com menos tempo, esforço, espaço, capital de investimento. É um processo para melhorar processos. Uma maneira de organizar, alinhar e envolver pessoas para que elas possam criar coisas melhores com menos. Isso não significa demitir pessoas. Significa que, ao produzir mais valor, a empresa cresce.
Valor: Como a metodologia pode ajudar as empresas a melhorar seus processos em tempos de estagnação econômica e baixo crescimento?
Womack: Estamos em um período de longa estagnação, e temos que ser realistas em relação a isso. Para crescer, será preciso ser mais flexível para se adaptar a mudanças inesperadas. Essa é uma característica importante para reduzir o tempo de desenvolvimento de um produto e o volume necessário para ser lucrativo. Devemos aprender a fazer mais dinheiro com volumes menores, pois volume não é o fator mais importante e, sim, produzir variedade reduzindo os custos adicionais. A tendência mundial dos últimos 50 anos foi oferecer variedade aos consumidores. Em uma economia em estagnação, mais variedade implica em menos volume de cada produto individualmente. É preciso ser capaz de fazer trocas rápidas sem pagar mais por isso.
Valor: E como isso pode ser aplicado em uma empresa?
Womack: Se você produz algo e só pode fazê-lo de forma econômica em larga escala, então você realmente tem um problema. E se todos quiserem algo um pouco diferente e você não for capaz de reconfigurar o seu produto a tempo de se ajustar ao desejo dos clientes? É preciso ter um sistema flexível e ser capaz lidar com o inesperado.
Valor: Há muita diferença na forma como a metodologia Lean é aplicada no Brasil em relação aos demais países?
Womack: O que é mais adorável no Brasil é que há muitas pessoas criativas no país, que gostam de fazer as coisas do jeito delas. E isso funciona se você trabalha por conta própria. Mas parte do problema é que as pessoas precisam trabalhar na mesma velocidade e caminhar para a mesma direção. Então, o contexto brasileiro não é o mais fácil para formar grupos de pessoas inclinadas a trabalhar no mesmo sentido, alinhadas e em grupo. Precisamos formar times com profissionais criativos e não indivíduos sendo isoladamente criativos em seus propósitos. A boa notícia é que já temos algumas boas experiências no Brasil.
Valor: O senhor pode citar algum exemplo?
Womack: A Embraer. Há 14 anos, eles não tinham ideia do que se tratava essa estratégia de negócios. Hoje, a companhia se tornou uma marca global. Estou muito feliz em relação a isso e acho que é uma coisa maravilhosa para o Brasil, pois mudou a imagem do país no mundo.
Valor: Em que nível de maturidade está a indústria brasileira?
Womack: Em alguns setores, apenas no começo. Eu cheguei pela primeira vez ao Brasil em 1998 e, desde então, volto ao país a cada dois anos. Na primeira vez em que participei de uma conferência aqui, não havia quase ninguém. As pessoas não entendiam o que eu falava. Agora, o Lean Summit 2012 contou com 1.100 pessoas e muitas delas já têm um bom conhecimento do assunto.
Valor: Quais tendências devem influenciar a metodologia Lean nos próximos anos?
Womack: O Brasil, como muitos países naquela época, tinha o que eu chamo de sistema moderno de gerenciamento. Ou seja, o sistema inventado pela General Motors no começo do século XX, que foi adaptado pela General Electric, baseado no gerenciamento por métricas. Não há nada além de processos, somente gerentes dizendo: “Alcance a meta e ganhe bônus. Se não alcançar a meta, você está fora”. O sistema no Brasil funcionava de forma muito similar ao das companhias americanas nos tempos antigos. Agora, a forma de gerenciar está sendo repensada. A questão é que grandes organizações não são boas em resolver os problemas, mas em suprimi-los. Isso é desperdício de oportunidade para encontrar soluções de melhoria no processo. Cada ciclo de resolução é o que chamamos de gestão por ciência, ao invés de gerenciamento científico. Esta é uma forma de agir e pensar e, com o tempo, se torna uma cultura.
Leia mais em: http://www.valor.com.br/carreira/2907354/no-marasmo-ordem-e-fazer-mais-com-menos#ixzz2ClkqrWXs

Quer dizer, até quem é de fora já percebe que estamos mais focados em gestão, padronização e tecnologia.
E você? Percebe esta mudança? Aplica ela no dia a dia?
Não deixe os concorrentes perceberem antes que você. Aplique a gestão no seu dia a dia hoje!
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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Gestão do tempo ou estresse?

Li um artigo de Epi Torres que traduz em palavras simples, diretas e objetivas maneiras e dicas de gestão de tempo.
Divido com vocês o artigo para reflexão.
“Gestão do tempo é desafio. Veja como reduzir seu estresse
Um dos segredos para reduzir a tensão é analisar os assuntos cque onsomem mais horas de trabalho e avaliar se eles estão alinhados aos objetivos
A gestão do tempo é um dos desafios mais comuns que as pessoas enfrentam hoje no ambiente de negócios. Como CEO, eu lido com essa questão diariamente. Aliás, cada vez mais percebo que os diretores e gestores das organizações, em geral, precisam lidar com múltiplas atividades – muitas delas que fogem ao seu controle. E as demandas acabam consumindo mais tempo do que o previsto, o que gera uma ansiedade.
Como podemos lidar com o estresse causado por essa situação? Qual a maneira de encontrar tempo para conseguir cumprir todas as tarefas?
A primeira abordagem que sugiro é verificar o que tem, na prática, consumido seu tempo. Se for alguém organizado, pode olhar os registros na agenda das últimas semanas para analisar quais as situações que demandaram a maior parte das horas. Outra saída está em marcar todas as atividades nas próximas duas semanas, com o intuito de fazer essa mesma avaliação.
O próximo passo é identificar suas principais responsabilidades e objetivos para determinar quanto tempo você deveria gastar em cada tarefa. Esse exercício ajuda a visualizar se suas atividades cotidianas estão alinhadas com suas prioridades, ou não.
A segunda abordagem que sugiro é baseada em uma teoria que aprendi em um livro do Dr. Ichak Adizes. Na obra, ele identifica quatro perfis de gestores e que têm me ajudado a avaliar se a forma como gasto meu tempo é correta.
Adizes aponta que a equipe ideal deveria contemplar os quatro perfis diferentes de profissionais – os preocupados com prioridades, os que dão atenção ao foco, os que conseguem ter agilidade e os que gostam de processos.
Eu concordo com o autor que existe uma tendência das pessoas se adaptarem melhor a um desses perfis. No entanto, eu acredito que o executivo equilibrar melhor todas essas competências representa algo essencial. Em minha experiência, descobri que quando balanceamos as quatro competências nos tornamos mais produtivos.
Assim, segue um questionário que pode ajudar os executivos a avaliar como eles podem aproveitar melhor o tempo:
  • > Em que situação eu preciso ficar mais calmo?
  • > Em que situação eu preciso ser mais ágil?
  • > Em que situação eu preciso ter uma visão mais global?
  • > Em que situação eu preciso me focar em questões pontuais?
  • > Em que situação eu preciso focar em processos?
  • > Em que situação eu preciso focar em resultados?
  • > Em que situação eu preciso ser menos estruturado?
  • > Em que situação eu preciso ser mais estruturado?
Use essas questões na hora de definir regras, responsabilidades e objetivos e você conseguirá adequar melhor seu tempo e, por consequência, vai ficar menos estressado.
Fonte: http://idgnow.uol.com.br/ti-pessoal/2012/12/09/gestao-tempo-dicas-trabalho/

Você já pensou a respeito das perguntas propostas?
As respostas podem fazer toda a diferença no seu dia a dia.
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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Seria apenas preconceito?

Sabemos da existência de vários tipos de preconceitos, sejam raciais, sejam por situação economica, sejam até mesmo por inteligência (ou ausência dela) e por aí vai.
Todos reprováveis e pior, sem nenhum motivo de existirem efetivamente.
Contudo, tal prática também ocorre no universo empresarial e não apenas nas relações privadas.
Muitos tem preconceito em relação a beleza da pessoa, outros em relação a cor/raça/credo de quem vai trabalhar, outros pela idade e por aí vai.
Este tipo de preconceito mina as relações de trabalho, torna os ambientes ruins para amplitude e debate de ideias e apenas fomenta pessoas mesquinhas e de pouca luz.
Entretanto, não é apenas o preconceito que atrapalha tudo isto. O pré-conceito das coisas atrapalha tanto ou mais que o próprio preconceito.
Nos relações de negócio, ter pré-conceito sobre determinadas coisas pode não apenas atrapalhar como inutilizar o contato daquela pessoa ou negócio.
Isto acontece com aquela famosa frase: “Eu faco assim, porque sempre foi feito assim.” OU ainda: “Em time que está ganhando não se mexe”.
Ora, se fosse assim, nada teria nunca mudado na humanidade. Necessitamos da mudança tanto quanto de água ou de ar para vivermos.
Mudar não significa trocar, dizer que o que está sendo feito hoje está errado. Mudar significa pensar a respeito e criar novas possibilidades.
No mundo atual, estar preparado para as mudanças e conectado a elas é mais do que fundamental, é imprescindível.
Ter pré-conceitos como “não preciso de gestão”, “tudo que faço é manual e me orgulho disto”, “faço mais com minha máquina de escrever do que muito jovens no computador”, etc, são frases que levam os negócios a bancarrota.
Precisamos extirpar os preconceitos da vida e os pré-conceitos do nosso trabalho.
Precisamos oxigenar nossa mente com novas possibilidades e criatividade.
Nunca antes se falou tanto em inovação, pois precisamos cada vez mais repensar nossas atividades e encontrar como ter o mesmo ou melhor resultado com menos ou no máximo os mesmos recursos.
Você repensa suas atividades?(pessoais e profissionais)
Você aceita mudanças oriundas de ideias de outras pessoas?
Você aprende com os erros dos outros?
Você sabe quais são seus preconceitos?
Você sabe quais são os seus pré-conceitos?
Não????
Pare tudo que está fazendo neste momento e no mínimo responda os cinco questionamentos acima. Eles podem mudar a sua vida.
Aja! Repense! Mude o que achar necessário!
Tudo começa dentro de você, lembre-se disto.
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestaoAdvBr
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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

[Departamento as quintas] Seríamos nós, pedreiros?

Todas as quintas-feiras publicamos no portal GestãoAdvBr um artigo inédito sobre departamentos jurídicos e seus relacionamentos internos, com escritórios terceirizados e muito mais. Nos acompanhe!

No dia 13 de Dezembro comemora-se o dia do pedreiro. E o que esta profissão pode nos ensinar?
Muito. São eles os responsáveis pela construção. São eles, que tijolo a tijolo elevam casas, templos, apartamentos.
E nós, construímos o que?
Nas empresas, observamos muito a falta de visão que algumas pessoas tem naquilo que seria a base, o tijolo, o elementar de cada dia. As pessoas parecem que trabalham por trabalhar, para ganhar simplesmente o dinheiro no final do mês, sem compreender a essência da empresa.
Como progredir assim?
Como edificar algo construtivo se os tijolos são furados e o cimento virou areia?
Divido uma parábola para reflexão:

Três pedreiros

(autor desconhecido)
Uma vez um viajante, percorrendo uma estrada, deparou-se com uma obra em início de construção. Três pedreiros, com suas ferramentas, trabalhavam na fundação do que parecia ser um importante projeto. O viajante, aproximou-se curioso. Perguntou ao primeiro deles o que estava fazendo. Estou quebrando pedras, não vê? Respondeu o pedreiro. Expressava no semblante um misto de dor e sofrimento. Eu estou morrendo de trabalhar, isto aqui é um meio de morte, as minhas costas doem, minhas mãos estão esfoladas eu não suporto mais este trabalho, concluiu.
Mal satisfeito, o viajante dirigiu-se ao segundo pedreiro e repetiu a pergunta .
Estou ganhando a vida, respondeu. Não posso reclamar, pois foi o emprego que consegui. Estou conformado porque levo o pão de cada dia para minha família.
O viajante queria saber o que seria aquela construção. Perguntou então ao terceiro pedreiro: O que está você fazendo?
Este respondeu: Estou construindo uma Catedral!
Três pedreiros, três respostas diferentes para o mesmo trabalho. Cada um manifestou sua própria visão.
Para o primeiro, o serviço significava dor e sofrimento. Um sacrifício que certamente tornava a ação muito mais penosa e lhe fazia mal.
O segundo pedreiro manifestou indiferença. Estava conformado mas não realizado. O trabalho nada lhe significava e ele só o fazia por obrigação.
Já o terceiro pedreiro tinha a consciência da importância do que fazia. Desempenhava a função com orgulho e satisfação. Tinha o sentimento elevado de participar de uma grande realização, o que lhe dava muito mais força, energia, ânimo, felicidade.

Somente o terceiro pedreiro conhecia o seu objetivo, para onde estava indo. Somente ele era mestre do seu ofício, compreendendo com realidade e energia os designos da construção que tinha que fazer.
Estamos divindo nossos escopos com os funcionários? Eles sabem o que estão construindo?
Um advogado sabe o porque de fazer a defesa, o porque de defender o cliente? Mais do que isto, ele sabe a história do cliente?
Você, diretor jurídico de um departamento da empresa XXX, questione o seu terceirizado, seu funcionário, se ele conhece a história da empresa, se ele sabe o porque das coisas que ali acontecem, se ele realmente conhece para quem ele trabalha.
Isto é o mínimo, não é?
Como construir relações sólidas sem conhecimento de causa? Como querer que o templo permaneça de pé se não sabemos colocar a viga principal?
Enfim, seríamos nós, pedreiros?
Sim, somos construrores sociais, apazigadores de conflitos de mercado e principalmente somos eternos aprendizes do ofício do nosso dia a dia em busca da justiça, edificando através da teia social um caminho entre os interesses da empresa, mercado e judiciário.
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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Dostoievski e o marketing

Qual a primeira palavra que vem a sua mente quando pensa em marketing?
E quando pensa em marketing jurídico?
Das incontáveis possibilidades de palavras que podem ter passado na sua cabeça com a pergunta, a primeira talvez fosse propaganda e a segunda resposta deveria ter sido relacionamento, que também atende pelo nome “chique” de networking.
Para bem exemplificar esta questão de marketing e relacionamento, destaco um texto de Dostoievski chamado A Prisão Dourada:
A Prisão Dourada
Tenta fazer esta experiência, construindo um palácio. Equipa-o com mármore, quadros, ouro, pássaros do paraíso, jardins suspensos, todo o tipo de coisas… e entra lá para dentro. Bem, pode ser que nunca mais desejasses sair daí. Talvez, de facto, nunca mais saisses de lá. Está lá tudo! “Estou muito bem aqui sozinho!”. Mas, de repente – uma ninharia! O teu castelo é rodeado por muros, e é-te dito: ‘Tudo isto é teu! Desfruta-o! Apenas não podes sair daqui!”. Então, acredita-me, nesse mesmo instante quererás deixar esse teu paraíso e pular por cima do muro. Mais! Tudo esse luxo, toda essa plenitude, aumentará o teu sofrimento. Sentir-te-ás insultado como resultado de todo esse luxo… Sim, apenas uma coisa te falta… um pouco de liberdade.
Fiodor Dostoievski, in “O Movimento de Liberação”

Quantas vezes os profissionais investem muito em marketing, investem em soluções quase mágicas, tentam encontrar o resultado que o marketing proporciona (venda, captação), mas esquecem do mais elementar e básico: O Cliente!
Não querem conhecer o cliente, saber suas necessidades, saber o que realmente ele busca quando procura uma empresa como a sua…
Quer dizer, pensa no resultado, não vislumbra o como e muito menos o porque!
Assim, não existe planejamento que possa dar certo.
Antes de pensar nos resultados, vamos conhecer o cliente, seus hábitos, suas reais necessidades e o porque que ele contrata escritórios/empresas como a sua.
Conhecendo o mercado, iremos conhecer mais ainda o como de elaborar o marketing.
Alguns, entretanto, constróem prisões douradas, vivem em torno de suas conquistas e sequer se preocupam com aquele que realmente paga a conta.
Marketing, principalmente o jurídico, tem a ver com relacionamentos. São através de relacionamentos, contatos bem cultivados que acontecem os melhores resultados.
O ex-cliente ou chamado cliente inativo tem um papel fundamental: Ele já confiou em você para fazer um negócio, então a probabilidade de ele contratar novamente é bem maior do que alguém que nunca ouviu falar de você, não é mesmo?
E você?
Constrói castelos e convida a todos para as festas da realeza, para conhece-los melhor ou se cerca de ouro e esquece das relações com os súditos que mantém o governo eleito?
Aja com vigor, planejamento e principalmente continuidade junto aos seus contatos. Procurar alguém só quando precisa não é marketing é ser pidoncho e inconveniente.
A sua postura faz toda a diferença.
Pense nisto.
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestaoAdvBr
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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Eu quero meu advogado!

Quero o meu advogado quando minha mala foi extraviada!
Quero meu advogado quando não me pagam o que me deviam!
Quero meu advogado quando me tratam desrespeitosamente em um site!
Quero meu advogado quando sou arbitrariamente tratado!
Quero meu advogado quando o Estado pensa que sou o único contribuinte!
Enfim, quero o meu advogado para proteger todos os meus interesses…
E você advogado? Está preparado para tudo isto?
Como assim?
Somente terá como ser o advogado quisto nas frases acima se tiver…
Se tiver foco.
Se tiver objetivos claros.
Se tiver um marketing direcionado.
Se tiver planejamento e ações concretas.
Se tiver tudo isto e muita criatividade.
Não basta ser advogado.
Tem que ser administrador também.
Tem que ser tecnólogo também.
Tem que ser estudante – sempre um eterno aprendiz – também.
Tem que ser psicólogo também.
Tem que ser paciente, carinhoso, atencioso, técnico e ainda sarcástico.
Enfim, multifacetado, multidisciplinar, multi-profissionalizado.
Tantos motivos e tem gente que ainda não sabe porque é advogado…
Porque gosta de ajudar os outros.
Porque gosta de estudar feito um louco e sequer consegue cobrar uma consulta.
Porque gosta de estar conectado com pessoas e nem sempre usa isto como networking.
Porque gosta de viver estressado e ri disto.
Porque gosta de ver papel que não acaba mais e ainda fala mal do processo eletrônico.
Tantos argumentos…
Valorize a sua profissão! Não despreze seu conhecimento! Não aceite migalhas!
Ser advogado é motivo de muito orgulho e felicidade. Se isto não faz parte da sua vida, procure outra profissão.
Afinal, quando alguém disser que quer o seu advogado, vai precisar do melhor, não é mesmo?
Espero que apesar de todos os motivos, você responda mais ou menos assim esta pergunta:
Eu quero meu advogado!
Porque como profissional que sou, minhas ações resultam em ser verdadeiro advogado de mim mesmo em minha defesa e benefício onde quer que eu esteja!
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestaoAdvBr
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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Riqueza, este é o foco?

Sucesso parece estar intimamente ligado a riqueza, ao dinheiro, aos bens materiais, não é mesmo?
Falamos em sucesso e todos pensam em carros, navios, viagens, etc. Seria apenas este o resultado do sucesso?
Lógico que não!
Sucesso também resulta em maiores compromissos, responsabilidades, em suma, muito mais trabalho. Quem pensa que o sucesso rima com descanso, se engana.
Um livro chamado “O sucesso de uma mente milionária” escrito por T. Harv Erv traz 3 princípios sobre a riqueza. Vejamos:

Principio da riqueza: ações e resultados

“Pensamentos conduzem a sentimentos. Sentimentos conduzem a ações. Ações conduzem a resultados.” (pág 25, 3ª edição, 2006).
 Nesse princípio é possível perceber a importância que os pensamentos possuem sobre os resultados, assim como os sentimentos. Portanto os resultados virão se você pensar, sentir e agir.

Principio da riqueza: não evite os problemas, cresça com eles

 “O segredo do sucesso não é tentar evitar os problemas nem se esquivar ou se livrar deles, mas crescer pessoalmente para se tonar maior do que qualquer adversidade.” (pág 102, 3ª edição, 2006).
 Muitas pessoas acreditam que se livrar de problemas ou encaminhar para o suposto “responsável” é a forma mais indicada para a ocasião, porém não solucioná-lo é muito melhor para o desenvolvimento de suas habilidades, porque desta forma você vai adquirir uma bagagem a mais para solucionar problemas cada vez mais complexos.

Princípio da riqueza: as moedas só vão destacar a sua verdadeira face

“O dinheiro apenas intensificará aquilo que você já é.” (pág 113, 3ª edição, 2006).
Valores monetários que você conquista durante a sua vida só tornará mais evidente qual são as suas características predominantes. Portanto não pense no dinheiro como algo modificador e sim em algo que estenderá sua forma de pensar e agir.
Fonte: http://www.sbcoaching.com.br/blog/negocios/3-principios-para-se-tornar-uma-pessoa-bem-sucedida-financeiramente/

O que realmente você vê em comum nos três princípios?
Que se você não agir, você não buscar e você não for honesto consigo mesmo, nada irá acontecer.
Você não concorda? Somente chegará algo na sua vida se você for atrás.
Como diz o brocardo popular: “Receita para ganhar dinheiro: Levante cedo, tome banho e vá trabalhar!”.
Não tenho dúvida que dá certo!
E a pergunta: Riqueza, este é o foco?
Não, este é resultado daquilo que realmente é o foco: O desenvolvimento de você, suas aptidões e conhecimento, para que seja alcançado o máximo de si mesmo.
#Ficaadica
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestaoAdvBr
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

[Departamento as quintas] Princípios do trabalho

Todas as quintas-feiras publicamos no portal GestãoAdvBr um artigo inédito sobre departamentos jurídicos e seus relacionamentos internos, com escritórios terceirizados e muito mais. Nos acompanhe!
Quero propor uma reflexão diferente hoje.
Vamos pensar no nosso trabalho, no nosso dia a dia?
Vamos refletir que nem tudo é trabalho, mas o trabalho pode ser tudo?
Faz parte do trabalho pensar, criar, criticar, refletir, enfim aprender, ensinar e ser mais e melhor. E seria somente isto?
Onde está o amor dentro do trabalho? Onde está a inspiração, tesão, vontade, volição senão dentro de nós mesmos?
Quais os princípios do trabalho?
Divido o último discurso de Charles Chaplin para iniciarmos esta reflexão:

O Ultimo Discurso
Charles Chaplin
Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio … negros … brancos.
Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar ou desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma do homem … levantou no mundo as muralhas do ódio … e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, emperdenidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas duas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
A aviação e o rádio aproximaram-se muito mais. A próxima natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem … um apelo à fraternidade universal … à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhões de pessoas pelo mundo afora … milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas … vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis!” A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia … da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem os homens, a liberdade nunca perecerá.
Soldados! Não vos entregueis a esses brutais … que vos desprezam … que vos escravizam … que arregimentam as vossas vidas … que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como um gado humano e que vos utilizam como carne para canhão! Não sois máquina! 
Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar … os que não se fazem amar e os inumanos.
Soldados! Não batalheis pela escravidão! lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas é escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou um grupo de homens, mas dos homens todos! Estás em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela … de fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo … um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos.
Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontres, levanta os olhos! Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam! Estamos saindo da treva para a luz! Vamos entrando num mundo novo – um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergues os olhos, Hannah! A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah! Ergue os olhos.

Percebo neste texto que o trabalho deve perseguir alguns princípios:
* Precisamos de mais interatividade entre as pessoas. Mandar email para quem está na mesma sala ou na do lado? É realmente necessário? Precisamos mesmo conversar por telefone? E o olho no olho?
* As máquinas não substituem o contato humano, homem é que sois! Não vamos deixar a tecnologia sucumbir as relações entre as pessoas, que em fato, são a base de todo trabalho. Seu cliente não é uma máquina, lembre-se disto.
*  Na doçura e na afeição reside o segredo. Sorria. Fale com bondade. Perdoe as ofensas. Viva em paz. Como isto faz falta no universo corporativo. Pessoas carrancudas somente são boas para filmes de terror. Na vida real, precisamos de vida em nosso caminho, vida em nosso trabalho!
Com certeza muito mais podemos extrair deste texto, mas deixo por derradeiro um pensamento de Gandhi sobre trabalho:

Se eu pudesse deixar algum presente à você, deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos.
A consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo a fora.
Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.
A capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria para você, se pudesse, o respeito aquilo que é indispensável.
Além do pão, o trabalho. Além do trabalho, a ação.
E, quando tudo mais faltasse, um segredo: o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída.

A resposta está em nós, está em nossas ações.
Ou como disse Khalil Gibran: O trabalho é o amor feito visível.
Bom amor! Bom trabalho!
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestaoAdvBr
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

10 atributos que todo líder tem que ter, segundo Ram Charan

Quer ser líder?
Quer ter o mercado aos seus pés?
Quer revolucionar?
Leia atentamente estas 10 dicas de Ram Charan. Com certeza sua visão será mais clara:

1 – Ame a mudança
O mundo anda muito dinâmico e todos os dias surgem novidades. Segundo Charan, um líder de sucesso precisa estar atento a todas elas. “Eles devem procurar as mudanças, criá-las e amar tudo que é novo. A Apple é um bom exemplo. Em 1997, a companhia estava à beira da falência, mas seu líder, Steve Jobs, acreditou no novo e consegui transformar a companhia na maior do mundo”, disse.
2 – Seja veloz
Muitas companhias demoram a reagir às mudanças, mas ser veloz nos dias atuais é essencial, alerta o consultor. “As empresas e seus líderes precisam estar atentos. Veja, por exemplo, a Nokia e a RIM, que demoraram a reagir e deixaram a Apple avançar no mercado de smartphones com o iPhone. O que elas estão fazendo agora? Correndo atrás do prejuízo. Não se pode esperar muito, velocidade nesses casos é fundamental.”
3 – Reposicione o negócio
Saber a hora certa de mudar também é característica essencial de todo bom líder, afirma Charan. Segundo ele, a Samsung soube o momento de apostar em um novo mercado para lidar com uma realidade distinta e competir de igual para igual com a concorrência. “É preciso usar a imaginação e aprender a enxergar o mundo como um todo.”
4 – Inspire e encoraje
Para Charan, todo líder precisa ser inspiração para as pessoas que o cercam. “Inspirar o outro é algo que vai continuar sendo importantíssimo em qualquer situação. Todo gestor precisa assumir esse papel e multiplicar essa competência.”
5 – Tenha visão tangível
Outro atributo fundamental para um líder de sucesso é ter visão, mas uma visão tangível, palpável, explica Charan. “Ela precisa se prática e razoável. E o mais importante: não pode estar obsoleta.”
6 – Rodeie-se de pessoas capacitadas
De nada adianta ter ideias brilhantes e inovadoras se não houver pessoas capacitadas na empresa para executá-las. De acordo com Charan, todo líder precisa estar cercado de pessoas que saibam traduzir sua visão. “Mas para isso os funcionários precisam comprar as ideias e agir”, sublinhou.
7 – Esteja conectado
O mundo hoje está todo conectado e é muito possível que um acontecimento na China impacte diretamente os negócios de uma grande companhia. “Por isso, um bom líder precisa estar antenado a tudo e a todos. Precisa saber a importância dos acontecimentos e ter bom-senso para saber o impacto de um evento nos negócios”, reiteirou. 
8 – Mantenha os pés no chão
Se for para cair, que a queda seja pequena. Para Charan, uma competência fundamental de um bom gestor é ter sempre os pés bem próximos do chão. “Os mais jovens não costumam ser assim, mas é preciso praticar esse atributo”, recomendou. 
9 – Questione
Fazer perguntas também é fundamental. “Ninguém sabe tudo e vamos combinar que todos os dias surgem novas informações. Por isso, questione, duvide e não se sinta mal. Saber questionar é um atributo de um gestor de sucesso”, afirmou Charan. 
10 – Use a imaginação
Um bom líder precisa antes de tudo confiar no seu cérebro e acreditar na sua imaginação. Sem imaginação não se vai a canto algum. “É preciso ser criativo, use sua imaginação todos os dias e exercite-a. Com o tempo, ela vai trabalhar sozinha”, finalizou. 
Fonte: http://exame.abril.com.br/negocios/gestao/noticias/10-atributos-que-todo-lider-tem-que-ter-segundo-ram-charan?page=1
Aprendeu?
Quer saber mais? Clique aqui.
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Perguntas, perguntas, perguntas

Estamos no primeiro dia útil de Dezembro de 2012. Praticamente as vésperas de 2013. Um momento de pensar em finalizar o ano, Natal, Ano novo, férias, etc.
Igualmente, um momento ímpar para pensar no que fizemos da nossa vida em 2012 e o que queremos fazer dela em 2013.
Um poema de Pablo Neruda diz muito neste momento de reflexão:

Pablo Neruda – Morre Lentamente

Quem morre? Morre lentamente
quem se transforma em escravo do hábito,
repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca
Não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente
quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente
quem evita uma paixão,
quem prefere o preto no branco
e os pingos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções,
justamente as que resgatam o brilho dos olhos,
sorrisos dos bocejos,
corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente
quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,
quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,
quem não se permite pelo menos uma vez na vida,
fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente
quem não viaja,
quem não lê,
quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
quem destrói o seu amor-próprio,
quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente,
quem passa os dias queixando-se da sua má sorte
ou da chuva incessante.
Morre lentamente,
quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,
não pergunta sobre um assunto que desconhece
ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior
que o simples fato de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos
um estágio esplêndido de felicidade.

Você já pensou em como está o seu trabalho? Você está feliz? Você vê seus sonhos nele?
Caso não, porque você ainda está nele?
O mesmo vale para aqueles que adoram reclamar: Queixar-se não resolve. Mude, aja, faça. Isto sim resolve.
Você insiste nos seus projetos?
Você tem curiosidade sobre o desconhecido?
Você quer sempre saber mais e mais?
Perguntas, perguntas, perguntas… E as respostas?
Ao meu ver, morre lentamente quem apenas vive, sem saber que o viver significa existir e coexistir em simbiose com a própria essência da vida e do amor.
Acorde agora!
Planeje, execute, mude!
O tempo é implacável e as perguntas vão se multiplicando… Encontre respostas, mesmo que seja não sei. Faça novas perguntas e busque novos horizontes.
Você é o único responsável pelo seu sucesso.
2013 está chegando e aguarda ansioso os seus sonhos….
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestaoAdvBr
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