E quando pensa em marketing jurídico?
Das incontáveis possibilidades de palavras que podem ter passado na sua cabeça com a pergunta, a primeira talvez fosse propaganda e a segunda resposta deveria ter sido relacionamento, que também atende pelo nome “chique” de networking.
Para bem exemplificar esta questão de marketing e relacionamento, destaco um texto de Dostoievski chamado A Prisão Dourada:
A Prisão Dourada
Tenta fazer esta experiência, construindo um palácio. Equipa-o com mármore, quadros, ouro, pássaros do paraíso, jardins suspensos, todo o tipo de coisas… e entra lá para dentro. Bem, pode ser que nunca mais desejasses sair daí. Talvez, de facto, nunca mais saisses de lá. Está lá tudo! “Estou muito bem aqui sozinho!”. Mas, de repente – uma ninharia! O teu castelo é rodeado por muros, e é-te dito: ‘Tudo isto é teu! Desfruta-o! Apenas não podes sair daqui!”. Então, acredita-me, nesse mesmo instante quererás deixar esse teu paraíso e pular por cima do muro. Mais! Tudo esse luxo, toda essa plenitude, aumentará o teu sofrimento. Sentir-te-ás insultado como resultado de todo esse luxo… Sim, apenas uma coisa te falta… um pouco de liberdade.
Fiodor Dostoievski, in “O Movimento de Liberação”
Quantas vezes os profissionais investem muito em marketing, investem em soluções quase mágicas, tentam encontrar o resultado que o marketing proporciona (venda, captação), mas esquecem do mais elementar e básico: O Cliente!
Não querem conhecer o cliente, saber suas necessidades, saber o que realmente ele busca quando procura uma empresa como a sua…
Quer dizer, pensa no resultado, não vislumbra o como e muito menos o porque!
Assim, não existe planejamento que possa dar certo.
Antes de pensar nos resultados, vamos conhecer o cliente, seus hábitos, suas reais necessidades e o porque que ele contrata escritórios/empresas como a sua.
Conhecendo o mercado, iremos conhecer mais ainda o como de elaborar o marketing.
Alguns, entretanto, constróem prisões douradas, vivem em torno de suas conquistas e sequer se preocupam com aquele que realmente paga a conta.
Marketing, principalmente o jurídico, tem a ver com relacionamentos. São através de relacionamentos, contatos bem cultivados que acontecem os melhores resultados.
O ex-cliente ou chamado cliente inativo tem um papel fundamental: Ele já confiou em você para fazer um negócio, então a probabilidade de ele contratar novamente é bem maior do que alguém que nunca ouviu falar de você, não é mesmo?
E você?
Constrói castelos e convida a todos para as festas da realeza, para conhece-los melhor ou se cerca de ouro e esquece das relações com os súditos que mantém o governo eleito?
Aja com vigor, planejamento e principalmente continuidade junto aos seus contatos. Procurar alguém só quando precisa não é marketing é ser pidoncho e inconveniente.
A sua postura faz toda a diferença.
Pense nisto.
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestaoAdvBr
www.gestao.adv.br | gustavo@gestao.adv.br
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