quinta-feira, 29 de novembro de 2012

[Departamento as quintas] 8 conselhos de Peter Drucker

Todas as quintas-feiras publicamos no portal GestãoAdvBr um artigo inédito sobre departamentos jurídicos e seus relacionamentos internos, com escritórios terceirizados e muito mais. Nos acompanhe!
Peter Drucker foi – e ainda é – um dos maiores administradores de todos os tempos.
O artigo colacionado abaixo traz 8 conselhos na íntegra de Peter Drucker a respeito das organizações.
Vale a pena ler atentamente cada um e refletir em como você está administrando o seu negócio.
Abaixo de cada item divido com você leitor minha visão sobre o tema, em azul.

1º A teoria do Negócio
Não espere uma crise para só então procurar fazer mudanças na sua empresa. Não espere o time começar a jogar insatisfatóriamente para só então verificar onde estão ocorrendo as falhas e então corrigí-las, em time que está ganhando se mexe sim, e de preferência no ataque, na busca de novos mercados, novas maneiras de fazer o que se faz há anos, novas maneiras de gerir, novas maneiras de vender, novas maneiras de treinar e motivar os funcionários. Se acreditar que não precisa mais inovar, criar, ou executar mudanças na sua empresa estará seguindo o caminho do comodismo, da arrogância, da burocracia, que levarão sua empresa para um futuro incerto.
“Não é procrastinando que se cura uma doença degenerativa. É agindo – e com resolução”.
Muitas empresas esperam o problema e somente com ele muito grave é que procuram ajuda. A solução depois que o problema é grave e instaurado é sempre mais complexa, cara e difícil. Agir constantemente e com foco no resultado pode mudar esta realidade.
2º Gestão voltada à eficácia
A função do gerente deveria ser a de canalizar recursos e iniciativas da empresa para oportunidades que prometam resultados economicamente consideráveis. Porém, o que se vê, é que boa parte do tempo, trabalho, atenção e dinheiro do gerente são para resolver “problemas”, e não procurar por oportunidades. Ou para dedicar-se a áreas nas quais até um desempenho espetacular terá impacto mínimo sobre os resultados.
O que dever ser colocado como mais importante é a eficácia e não a eficiência, ou seja, fazer a coisa certa e não fazer certo as coisas. É importante pensar num jeito de identificar áreas de eficácia (de possíveis resultados relevantes) e de um método para se concentrar nelas.
“Em uma situação social um pequeno numero de acontecimentos – de 10% a 20% no máximo – responde por 90% de todos os resultados, enquanto a grande maioria responde por 10% ou menos dos resultados”.
“Todo produto, toda operação e toda atividade de uma empresa deveriam ser submetidos a um teste a cada dois ou três anos. Para cada um, é preciso indagar: ‘Se já não estivéssemos nessa área, entraríamos nela agora?’. Se a resposta for ‘não’, a questão seguinte deve ser: ‘Como sair disso, e com que rapidez?’”.
Entendo que devemos ter os dois focos: Eficiencia e eficácia. O gestor deve estar atrás da eficácia, de novos projetos, novos negócios, mas deve ter um “braço direito, quiçá o esquerdo” que ajude na eficiência. Podemos criar e buscarmos mais qualidade sempre.
3º O que aprender com o terceiro setor
Entidades do terceiro setor estruturam suas ações a fim de cumprir sua missão. Isso foca a organização na ação. Define as estratégias exigidas para a consecução de metas cruciais. Deixa a organização disciplinada. É a única coisa capaz de prevenir o mal degenerativo mais comum em organizações, sobretudo as grandes: a pulverização de recursos limitados em coisas que soam “interessantes” ou parecem “rentáveis”, em vez de sua concentração em um número reduzido de iniciativas produtivas.
“Uma missão bem definida é um lembrete constante da necessidade de ir além da organização não só na busca de “clientes”, mas também de parâmetros de sucesso”.
Qual a missão da sua empresa em uma linha? Sabe? Não? Então defina e siga isso. Peter Drucker quando escreveu o artigo sobre o terceiro setor deu o seguinte exemplo: uma rede de hospitais católicos americano, apesar de uma queda drástica no repasse de verbas públicas, apresentou uma alta de 15% na receita, promoveu uma grande ampliação dos serviços e melhorou os padrões médicos e de atendimento. Chegou lá porque a freira que a preside entendeu que sua função e da equipe é prestar serviços de saúde (sobretudo ao pobre), e não administrar hospitais. E então qual a função da sua empresa?
Foco, foco e foco. Isto define a posição da empresa e o seu resultado.
4º A nova sociedade da organização
Sociedade, comunidade e família são instituições conservadoras. Tentam manter a estabilidade e impedir, ou ao menos retardar, a mudança. Mas a organização moderna é desestabilizadora. Deve ser organizada para inovar. Deve ser organizada para a constante mudança”.
A organização só é eficaz quando se concentra em uma tarefa. A diversificação destrói a capacidade de desempenho de uma organização seja uma empresa, um sindicato, uma escola, um hospital, um serviço comunitário, um templo religioso. Uma organização é um instrumento. E, como tal, quanto mais especializada, maior sua capacidade de realizar a tarefa”.
“Uma vez que a organização moderna é formada de especialistas, sua missão deve ser clara. Para não confundir seus membros, a organização deve ser unidimensional. Sem isso, cara um vai seguir a própria especialização, em vez de aplicá-la à tarefa comum. Cada um vai definir o que constitui ‘resultados’ à luz da própria especialidade e impor os valores delas à organização”.
Os valores da organização devem ser claros, objetivos e difundidos, permitindo o crescimento destes valores mesmo com outras ideias agregadas por cada um dos pensantes do negócio.
5º A informação realmente útil para o executivo
“A corporação que hoje emerge é projetada em torno de um esqueleto: a informação“.
“A informação deve ser uma mensuração sobre a qual basear a ação no futuro, em vez de autópsia e registro daquilo que já ocorreu”.
Nesse mesmo artigo, Peter Drucker demonstrar como é importante avaliar custos baseando-se em atividades, não no custo de UMA tarefa:
“O cálculo tradicional de custos mede quanto custa executar uma tarefa – uma rosca de parafuso, digamos. Já o custeio baseado em atividades registra também o custo de não executar a tarefa – custo do maquinário ocioso, custo de aguardar uma peça ou ferramenta imprescindíveis, custo do estoque parado, custo do retrabalho ou do descarte de peças defeituosas. O custo de não executar, que o cálculo tradicional de custos não registra, é muitas vezes igual, e as vezes até superior, ao custo de executar. O custo baseado em atividades dá, portanto, não só um controle muito melhor dos custos, mas, cada vez mais, um controle dos resultados”.
Com certeza. Quanto custa um diretor fazendo determinada tarefa? Será que não vale a pena contratar outra pessoa e deixar o diretor em atividades mais estratégicas e menos operacionais? O custo de um diretor fazer cópias é infinitamente mais caro que outro profissional faze-lo.
6º Gerenciando a si mesmo
Cada um de nós trabalhamos de modo distinto. Mas, isso não é muito considerado nas organizações. Muita gente trabalha de um jeito que não é o seu, fórmula quase certa para o baixo desempenho. “Para o trabalhador do conhecimento, saber como é seu desempenho talvez seja mais importante do que saber quais são seus pontos fortes”.
Você deve saber se você é um ouvinte ou um leitor. O leitor é o cara que compreende o que está escrito e monta uma equipe para assessorá-lo e escrever para ele. Já o ouvinte é aquele que escuta o que outros escreveram, muitas vezes sem entender nada do assunto abordado.
Explicando: Nas organizações um assunto muito recorrente são os conflitos de personalidade. “A maioria deles surge do fato de que as pessoas não sabem o que as outras estão fazendo e como fazem seu trabalho, ou em qual contribuição as outras estão se concentrando e que resultados esperam. E a razão de não saberem é que não perguntaram – , e, logo, não foram informadas”.
Hoje, a grande maioria das pessoas trabalha com gente cujas tarefas e responsabilidades são distintas. A diretora de marketing pode ter vindo da área de vendas e saber tudo sobre campo, mas não sabe de nada sobre aquilo que nunca fez – precificação, publicidade, embalagem e afins. Logo, a pessoa que faz essas coisas deve garantir que a diretora de marketing entenda o que ela está tentando fazer, por que está tentando, como vai fazê-lo e que resultados esperar”. Imagine se ela não conseguir que a diretora de marketing compreenda tudo isso?
Uma organização já não se constrói na base da força, mas da confiança. A existência de confiança entre as pessoas não significa necessariamente que uma goste da outra. Significa apenas que uma entenda a outra”.
Gerenciar a si mesmo é sempre complexo, primeiro porque normalmente as pessoas não são orientadas para isto, segundo porque as pessoas preferem ver erros nos outros ao invés de em si mesmas e terceiro, mas não último, porque gerenciar a si mesmo pressupõe admitir fraquezas, o que a grande maioria não está preparada. Como você gerencia a si mesmo? Faz algo a respeito?
7º Não são empregados são pessoas
“Cada vez mais, o sucesso – aliás, a sobrevivência – de uma empresa vai depender do desempenho de seus trabalhadores do conhecimento”.
“A chave da excelência é descobrir qual o potencial de cada indivíduo e se empenhar em seu cultivo”.
“Se a relação com o funcionário estiver sendo terceirizada (muito comum hoje em dia), o executivo precisa trabalhar de perto com a firma responsável para promover o desenvolvimento profissional, a motivação, a satisfação e a produtividade do trabalhador do conhecimento – de cujo desempenho seus próprios resultados dependem”.
Se trabalharmos com as pessoas e motiva-las em prol dos objetivos do nosso negócio, o sucesso poderá vir. Quem pensa que porque paga deve ter tudo como retorno, prepare-se para perder a guerra.
8º O que torna um executivo eficaz
Oito práticas de um executivo eficaz:
1 – Pergunta “O que precisa ser feito?”
2 – Pergunta “O que é bom para a empresa?”
3 – Cria planos de ação.
4 – Assume a responsabilidade pelas decisões.
5 – Assume a responsabilidade pela comunicação.
6 – Foca nas oportunidades em vez de problemas.
7 – Faz reuniões produtivas.
8 - Pensa e diz “nós” em vez de “eu”.
Quais destas práticas são inerentes a sua conduta hoje? O que falta para chegar no mínimo a estas 8?
Todos esses conselhos foram retirados dos artigos publicados na Harvard Business Review, por Peter Drucker, de 1963 à 2004.
Fonte: http://www.empreendejovem.com.br/2010/05/conselhos-de-peter-drucker.html

Depois de toda esta informação resta questionar três pontos:
1. O que você vai fazer a respeito?
2. Sendo a primeira resposta positiva, qual a chance de colocar em prática efetiva estes pensamentos/planejamentos?
3. Sendo a primeira e segunda respostas positivas, você pretende chegar a qual nível de excelência como executivo?
Você é que faz a resposta da vida, portanto, comece a pensar, planejar, mudar, quiçá revolucionar a sua vida hoje!
______________________________________________
Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestaoAdvBr
www.gestao.adv.br  |  gustavo@gestao.adv.br

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Qual o melhor marketing?

A resposta mais adequada seria: Aquele que lhe dá prazer.
Uma reportagem de João Ozorio ao Conjur nos brinda com alguns pontos bem interessantes e práticos sobre marketing que divido com vocês.
O primeiro é como fazer o marketing, qual o realmente eficiente:
(…)
Com as modernidades da era digital na cabeça, o consultor Michael McLaughlin fez um animado workshop sobre “as cinco estratégias essenciais de marketing para serviços profissionais”. O workshop lhe parecia um sucesso total, até que ele notou, no meio da audiência, alguém que balançava a cabeça negativamente e sorria. Ou olhava para o teto, com impaciência. Terminada a sessão, McLaughlin aprendeu com o profissional impaciente qual é, na verdade, a melhor estratégia de marketing — aquela que o profissional pratica naturalmente, sem muito esforço.
Terminado o workshop, McLaughlin pegou o “impaciente” pelo braço e o arrastou para uma conversa particular. Era um advogado, do qual ouviu a explicação: “Eu não faço nada disso que você falou. Aliás, não faço marketing algum e minha firma é um sucesso. Tenho muitos clientes e minha renda é consideravelmente alta”. McLaughlin interrogou o advogado e descobriu que, na verdade, ele era um marqueteiro de primeira linha — a seu jeito. Apenas não via suas atividades como marketing. Para ele, eram atividades normais de sua vida e de seus negócios, que ele fazia com facilidade e gosto.
Aí está o caminho das pedras. Para começar a fazer marketing pessoal ou da firma, o advogado deve, antes de tudo, avaliar quais são seus pontos fortes e suas preferências, quando se trata de escolher instrumentos de promoção profissional entre os disponíveis. É uma simples análise de gostos e talentos: conversar (se relacionar, socializar), escrever (blogs, artigos, cartas), falar em público (workshops, palestras, conferências, aulas), liderar (exercer cargos de liderança em organizações, ser militante de alguma causa) e assim por diante. E avaliar seus pontos fracos, que podem ser fortalecidos, e os pontos fraquíssimos, que devem ser abandonados.
(…) Fonte: http://www.conjur.com.br/2012-nov-26/melhor-marketing-feito-grandes-esforcos-consultor-eua (grifo nosso)

Não podemos esquecer, seja nos EUA, Brasil ou Japão, relacionamento é fundamental. Não há como fazer algum marketing sem nos relacionarmos com o nosso público alvo.
Daí reside um dos maiores problemas: Qual é o nosso público alvo? Para quem queremos trabalhar? Como despertar interesse nas pessoas que queremos que nos contratem?
São pontos fundamentais descritos no artigo:
(…)
O poder do relacionamento
A mais antiga arma de promoção pessoal ou de produtos e serviços é a do relacionamento. Ela precede todas as teorias de marketing, pois sempre existiu na história da humanidade e nos negócios. Sempre funcionou e sempre vai funcionar, porque todos os seres humanos sabem se relacionar e podem aprender como fazê-lo de uma maneira eficaz para o sucesso dos negócios — ou podem “nascer sabendo”, como se diz quando o talento é natural. Basta encontrar motivação — e agir. Esse foi o caminho tomado pelo advogado inquirido por McLaughlin, naturalmente.
Serviços voluntários
É uma das atividades costumeiras do advogado, que ele começou a praticar por pura satisfação pessoal. Não porque sabia, desde o início, que a prestação de serviços voluntários é uma estratégia eficiente de marketing. No princípio, prestou serviços gratuitos a organizações comunitárias. Exerceu um papel de liderança em uma organização beneficente e se tornou conselheiro de uma organização cívica em sua cidade.
Descobriu que isso o ajudava a se promover profissionalmente e que sua firma ficou mais conhecida na região que morava. Seguindo a inspiração, passou a participar ativamente de associações de empresários que têm negócios nos quais os serviços de advogados de sua área de atuação são frequentemente requisitados. Ele sempre tem contribuições importantes a dar aos membros da associação. A paixão de alguns advogados por certas causas também tendem a abrir caminhos para o sucesso de suas firmas, diz o consultor.
Em qualquer dessas atividades (que não constituem uma novidade no Brasil, obviamente), as notícias correm e, com o tempo, as organizações e as pessoas que fazem parte delas passaram a recomendá-lo, naturalmente (isto é, sem serem solicitadas), a quem precisasse de serviços jurídicos em sua área de atuação.
É a versão comercial do princípio franciscano “é dando que se recebe”. Mas isso não é conseguido no circuito “casa-trabalho, trabalho-casa”. Nem por quem acredita que horário de trabalho corresponde ao horário comercial. É preciso ter vontade e energia para trocar a televisão por algumas horas de participação em atividades de relacionamento desprendido com membros de algum setor da sociedade ou de uma comunidade específica — enfim, com todas as pessoas que podem se tornar clientes ou fontes de referência.
(…) Fonte: http://www.conjur.com.br/2012-nov-26/melhor-marketing-feito-grandes-esforcos-consultor-eua (grifo nosso)

Em suma, precisa ser definido quais as estratégias, quais os caminhos e relacionar-se, estar presente, participar. Isto sim traz resultado.
Veja no artigo:
(…)
Seja qual for a estratégia de marketing que o advogado escolher, entre tantas, o objetivo fundamental é um só: gerar uma conversação (ou reunião) entre ele e o possível cliente. Para gerar conversações produtivas — isto é, que resultem em contratação de seus serviços — o advogado tem de ter alguma coisa valiosa (ou interessante) a dizer a alguém que esteja interessado em ouvi-lo.
“Enquanto não tiver algo substantivo para comunicar, não se dê ao trabalho de fazer marketing”, diz McLaughlin. “Quando tiver informações valiosas, passe-as a pessoas que podem se beneficiar delas. Elas são os seus futuros clientes”, diz. Enquanto isso, deve continuar se relacionando. Pode ser que as coisas aconteçam naturalmente.
(…) Fonte: http://www.conjur.com.br/2012-nov-26/melhor-marketing-feito-grandes-esforcos-consultor-eua (grifo nosso)

E você?
O que efetivamente tem feito em termos de marketing aplicado a sua realidade?
Já analisou seus pontos fortes e fracos? Já montou estratégias para 2013?
O que está esperando???
Ao trabalho!
______________________________________________
Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestaoAdvBr
www.gestao.adv.br  |  gustavo@gestao.adv.br

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Escritório Jurídico Virtual?

No Brasil já sabemos, NÃO PODE. Já nos EUA, esta realidade está a pleno vapor.
E existem pelo menos duas modalidades.
Divido um trecho do artigo de João Osório sobre este tema:

“A advocacia virtual é o futuro, previu o advogado e empreendedor Richard Granat há alguns anos. Ele foi um dos primeiros advogados americanos a criar um escritório virtual. Hoje ele pratica advocacia no estado de Maryland e em Washington, D.C., onde é licenciado, de sua casa em Palm Beach Gardens, na Flórida. Não é novidade que centenas de advogados estão fazendo a mesma coisa, em todo o país. A novidade, agora, é que muitas bancas tradicionais, instaladas em escritórios tradicionais, estão inaugurando seus departamentos de advocacia virtual, de acordo com o jornal da ABA (American Bar Association) e o The Wall Street Journal.
É um novo modelo de negócios, do qual as firmas de advocacia tradicionais querem participar. Há duas vertentes: as firmas que fazem advocacia virtual para se promover e as que a fazem como fonte de renda direta. No primeiro caso, é uma atividade de marketing; no segundo, é uma atividade-fim.
Firmas que operam websites “jurídicos”, como o Avvo.com, de Seattle, para responder gratuitamente perguntas do público, consideram que essa atividade é uma ótima arma para conquistar novos clientes. Respostas simples e curtas, tais como “nesse caso, é melhor você fazer um fideicomisso do que um testamento”, são suficientes para trazer novos clientes para o escritório.”
Fonte: http://www.conjur.com.br/2012-nov-21/veja-opcoes-escritorio-virtual-adotadas-pelos-advogados-americanos

Lógico, nos EUA, bem diferente do Brasil, pode fazer propaganda de forma aberta, quiçá indiscreta. Vejam um exemplo da mesma reportagem:
O advogado Richard Granat, cujo perfil foi traçado pelo site Legal Rebels da ABA, tem um siteespecífico (embora tenha outros) para resolver apenas questões de família e apenas em Maryland. Entretanto, seu modelo de negócios é de… Negócios. Seu MDFamilyLawyer.com, por exemplo, disponibiliza petições-formulários para casais que querem mover ações de divórcio, disputar pensão alimentícia ou mudar de nome. Os custos estão no site: um acordo entre cônjuges custa US$ 99; divórcio sem filhos, US$ 199; com filhos, US$ 229. E assim por diante.
Fonte: http://www.conjur.com.br/2012-nov-21/veja-opcoes-escritorio-virtual-adotadas-pelos-advogados-americanos

E nestes casos, como fica a relação de pessoalidade entre cliente e advogado? Na América do Norte também há preocupação com isto e com a total mercantilização dos serviços jurídicos. Lógico, lá temos uma realidade diferente do Brasil, e isto deve ser levado em conta no comparativo. Vejamos:
Para muitos profissionais, no entanto, a impessoalidade nas relações cliente-advogado, que não é o normal, foi elevada aos extremos. Transforma os serviços jurídicos em commodities, dispostas em prateleiras de uma loja virtual. Granat, como diversos outros sites, vende “produtos”. Tem-se a impressão de que, a qualquer momento, podem aparecer em um desses sites promoções, com descontos especiais para a “Sexta-feira Negra” (a Black-Friday), depois do dia de “Ação de Graças”.
De qualquer forma, o serviço é dedicado especificamente a pessoas que pretendem ir ao tribunal sem advogados. Em alguns estados americanos, até 97% das ações civis de pequena causa são resolvidas sem a presença de um advogado. Por isso, o número de sites que vendem formulários jurídicos na Internet cresceu muito nos últimos tempos. O mais populares — e também o mais combatidos, por sua ousadia comercial — são o Legalzoom.com e o concorrente Legal.com. São praticamente lojas online de serviços jurídicos.
Fonte: http://www.conjur.com.br/2012-nov-21/veja-opcoes-escritorio-virtual-adotadas-pelos-advogados-americanos
Contudo, quando tudo não passa da forma de atender o cliente, devemos nos preparar para esta realidade.
Falamos tanto em processo eletrônico, em videoconferencias para as audiências, em tudo virtualizado… E o atendimento?
Penso que jamais iremos substituir o atendimento presencial em alguns casos, mas em outros isto pode ser analisado.
Nos EUA já existem maneiras relativizadas disto, que podem servir de ideias para o Brasil:

A ideia predominante, porém, não é essa. Tudo que a maior parte das firmas de advocacia pretende é prestar pela Internet alguns dos mesmos serviços que oferecem em escritórios de advocacia. O serviço online proporciona economia de dinheiro e de tempo dos clientes. Também economiza tempo dos advogados e lhes oferece um meio mais simples para trabalhar.
Por exemplo, uma pequena firma de advocacia pode cobrar honorários de US$ 100 a US$ 200 por uma consulta inicial. Através de videoconferência pela Internet, mesmo que pelo Skype, que não tem custo para ninguém, o mesmo serviço pode ser prestado por US$ 40 a US$ 50.
As bancas de médio e grande porte também estão aderindo a esse modelo de negócios. Elas também preferem “atender” futuros clientes por meio de videoconferência. Uma das principais razões é que nem todos os clientes estão dispostos a pagar o valor que uma grande banca cobra para uma consulta inicial — em alguns casos, até US$ 1 mil. Uma consulta por videoconferência pode custar de um terço a um quinto do preço das grandes bancas.
Tradicionalmente, os clientes conversam com advogados por telefone ou pessoalmente. Provavelmente, a maioria prefere que o primeiro contato seja pessoal, porque quer avaliar visualmente o advogado, perceber suas reações. E vice-versa. No entanto, muitos clientes, principalmente empresários ou executivos de grandes organizações, também são muito conscientes de custos, incluindo o de seu tempo. Uma consulta a um advogado pode durar três horas, em uma grande cidade, entre deslocamentos, esperas e reuniões. O mesmo vale para advogados que têm de visitar os clientes. A videoconferência lhes oferece um meio-termo: o da presença virtual.
Porém, existem problemas, para os quais os advogados devem ficam atentos, quando operam pela Internet. Em contenciosos, por exemplo, consultas online facilitam o acesso de algum representante da outra parte ao advogado da banca. As comunicações virtuais tendem a ser simplificadas, mais destituídas de cautelas (quando deveria ser o contrário). E, por isso, um advogado pode passar à parte contrária a visão jurídica da firma sobre uma determinada situação que, por “coincidência”, faz parte do contencioso da banca.
Não se espera que qualquer advogado seja inocente a ponto de dizer a um possível cliente, na ânsia de convencê-lo, que a firma tem um caso semelhante e que vai usar tais estratégias para ganhar no tribunal. Mas há formas mais sutis de apurar possíveis estratégias da firma. Por isso, o advogado que atende clientes por videoconferência deve conhecer os contenciosos da firma e desenvolver suas próprias estratégias para “não entregar o ouro ao bandido” pelo preço de uma consulta online.
Muitas consultas são puramente ilustrativas — ou educacionais. Por US$ 40 ou US$ 50, advogados de San Francisco, na Califórnia, fazem no Pearl.com o que fazem advogados na televisão: respondem a perguntas do público. Só que, no caso, respondem a problemas específicos de cada possível cliente: “Vale a pena processar o hospital por erro médico, nesse caso?”; “O que preciso ter em mãos para processar?”; “Qual é a diferença entre testamento e fideicomisso?”; “Assim é melhor para meus filhos se…” — e assim por diante.
Fonte: http://www.conjur.com.br/2012-nov-21/veja-opcoes-escritorio-virtual-adotadas-pelos-advogados-americanos

Nem tanto ao céu, nem tanto a terra. Devemos e podemos repensar a advocacia, suas formas de atendimento, virtualizando o que pode ser feito e outras demandas tratando com a pessoalidade que lhe é necessária e peculiar.
E você? O que pensa sobre o tema?
______________________________________________
Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestaoAdvBr
www.gestao.adv.br  |  gustavo@gestao.adv.br

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Seria apenas uma piada?

Já escrevi sobre o estresse no trabalho (pode conferir em http://gestao.adv.br/index.php/dez-formas-de-evitar-stress/) e muitas pessoas parecem não dar muita atenção a isto.
Por ser uma sexta-feira, permito-me fazer de uma piada a uma lição.
Primeiro a piada:

Patrícia Gomes – Diretora de Recursos Humanos
COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS.
Data: 01 de dezembro
Assunto: Festa de Natal
Tenho o prazer de informar que a festa de Natal da empresa será no dia 23
de dezembro, com início ao meio-dia, no salão de festas privativo da
Churrascaria Grill House. O bar estará aberto com várias opções de
bebidas. Teremos uma pequena banda tocando canções tradicionais de
natal… Sinta- se à vontade para se juntar ao grupo e cantar! A árvore de
Natal terá suas luzes acesas às 13:00. A troca de presentes de amigo
secreto pode ser feita a qualquer momento, entretanto, nenhum presente
deverá exceder R$20,00, a fim de facilitar as escolhas e adequar os gastos
a todos os bolsos.
Boas festas para vocês e suas famílias,
Patrícia
Patrícia Gomes – Diretora de Recursos Humanos
COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS.
Data: 02 de dezembro
Assunto: Festa de Natal
De maneira alguma nosso memorando de 01 de dezembro pretendeu excluir
nossos funcionários judeus! Reconhecemos que o Chanukah é um feriado
importante e que costumam coincidir com o Natal, mas isso não aconteceu
este ano. De qualquer forma, passaremos a chamá-la de ‘Festa de Final de
Ano’. A mesma política se aplica a todos os outros funcionários que não
sejam cristãos e àqueles que ainda celebram o Dia da Reconciliação.
Não haverá árvore de Natal. Nada de canções de natal nem coral.
Teremos outros tipos de música para seu entretenimento.
Felizes agora?
Boas festas para vocês e suas famílias,
Patrícia
Patrícia Gomes – Diretora de Recursos Humanos
COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS.
Data: 03 de dezembro
Assunto: Festa de Natal
Com relação ao bilhete que recebi de um membro do Alcoólicos Anônimos
solicitando uma mesa para pessoas que não bebem álcool… Você não assinou
seu nome! Fico feliz em atender o pedido, mas se eu puser uma placa na
mesa ‘Exclusivo para AA’, vocês não serão mais anônimos… Como faço
então? Nenhuma troca de presentes será permitida, uma vez que os membros
do sindicato acham que R$20,00 é muito dinheiro e os executivos acham que
$20,00 é muito pouco para um presente.
NENHUMA TROCA DE PRESENTES SERÁ PERMITIDA, certo?
Patrícia
Patrícia Gomes – Diretora de Recursos Humanos
COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS.
Data: 07 de dezembro
Assunto: Festa de Natal
Eu não sabia que no dia 20 de dezembro começa o mês sagrado do Ramadan
para os muçulmanos, que proíbe comer e beber durante as horas do dia.
Talvez a Churrascaria Grill House possa segurar o serviço de bufê até o
fim do dia – ou então, embalar tudo para que vocês levem para casa nas
marmitas. O que vocês acham disso?
Novidades: neste meio tempo, consegui que os membros do Vigilantes do Peso
sentem o mais longe possível do bufê de sobremesas; as mulheres grávidas
sentem-se o mais perto possível dos banheiros; teremos assentos mais altos
para pessoas baixas e comida com baixa-caloria estará disponível para os
que estão de dieta.
Nós não podemos controlar a quantidade de sal utilizada na comida.
Desta forma, sugerimos para estas pessoas com pressão alta provar o gosto
primeiro. Haverá frutas frescas de sobremesa para os diabéticos. O
restaurante não dispõe de sobremesas sem açúcar.
Nossas profundas desculpas.
Esqueci de alguma coisa?
Patrícia
Patrícia Gomes – Diretora de Recursos Humanos 


COMUNICADO PARA TODOS FILHOS DA PUTA QUE TRABALHAM NESTA EMPRESA.
Data: 08 de dezembro
Assunto: Festa de Natal DO CARALHO
Vegetarianos! ?!?!??! Sim, vocês também tinham que dar sua opinião de
merda ou reclamar de alguma coisa!!! Nós manteremos o local da festa na
Churrascaria Grill House; quem não gostar, foda-se! Então, como
alternativa, seus putos, vocês podem sentar-se quietinhos na mesa mais
distante possível da tal ‘churrasqueira da morte’ – como vocês se
referiram de forma bastante depreciativa ao utensílio. E vocês terão
também sua mesa de saladas de merda, incluindo tomates hidropônicos da
casa do caralho & arrozinho grudento pra comer de pauzinho. Aqueles que,
naturalmente, ainda não gostaram, podem enfiar tudo no cu.
Ah, espero que vocês todos tenham uma bosta de festa de final de ano!
E que dirijam muito, muito bêbados e morram todos, todinhos esturricados
por aí.
Escutaram?
A Vaca, diretamente da puta que os pariu.
Dr. Vitor Pacheco – Diretor de Recursos Humanos INTERINO
COMUNICADO PARA TODOS OS FUNCIONÁRIOS
Data: 10 de dezembro
Assunto: Patrícia Gomes e Festa de Final de Ano
Tenho certeza que falo por todos desejando para a Patrícia um rápido
restabelecimento para sua crise de stress.
Por conta deste fato, a diretoria decidiu cancelar a Festa de Final de Ano
e dar folga remunerada para todos na tarde do dia 23 de dezembro.
Boas Festas,
Victor

Depois a lição:
Em tópicos:
- Ao tentar agradar a todos, apenas o estresse foi gerado. Como diz o brocardo, nem mesmo Cristo conseguiu agradar a todos, como nós poderemos?
- Faça a sua parte, desenvolva suas habilidades e principalmente se oriente para o resultado. Estas competencias já farão a necessária diferença.
- Devemos aprender a negociar constantemente com as pessoas, afinal negociamos com nossa família, com amigos, com chefe, com clientes, com todos que nos rodeiam. Precisamos negociar, nunca impor.
-  Se houver descontrole, pare. Depois de acalmar um pouco, tome partido, veja e reveja a sua posição. Não tenha vergonha de mudar de opinião, pois não deves ter vergonha de aprender, já nos ensinou Herculano.
- Se o seu trabalho é lidar com os estresses dos outros, mais ainda: Razão é a sua arma. Sentimentos deixe para os momentos íntimos. Se compadecer ou deixar-se levar por sentimentos nestes casos pode ser a assinatura da demissão.
Enfim,
Seria apenas uma piada?
Apenas não, uma piada e uma lição, pois não.
______________________________________________
Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestaoAdvBr
www.gestao.adv.br  |  gustavo@gestao.adv.br

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

[Departamento as quintas] Dez formas de evitar os prejuízos do stress no trabalho


Todas as quintas-feiras publicamos no portal GestãoAdvBr um artigo inédito sobre departamentos jurídicos e seus relacionamentos internos, com escritórios terceirizados e muito mais. Nos acompanhe!
Talvez um dos maiores males nas organizações, o stress prejudica mais do que apenas o rendimento dos colaboradores, traz prejuízos de ordem pessoal e contínua a muitas pessoas.
Cada um tem uma forma de ver o mundo, uma forma de agir e uma forma de reagir a situações do dia a dia.
Justamente por este motivo, algumas atividades e situações são difíceis para algumas pessoas e normais/simples para outras.
Você já parou para pensar no que estressa você?
Algumas pessoas falam em estresse relativo a pessoas, contudo, normalmente ele é relativo a situações/fatos. Podem existir pessoas que sempre fazem tais situações acontecerem, óbvio.
A revista Veja na versão on line publicou um artigo relatando as 10 principais causas do estresse no trabalho.
Vale a pena conferir e ver se algumas/todas/nenhuma se aplica a sua realidade.
1. Identifique o que está provocando o stress
É preciso saber o que está provocando o stress no trabalho para que a atitude mais correta seja tomada. O problema pode ser você, então procure avaliar se você está se sobrecarregando porque não delega funções, cobra demais de si mesmo, leva o perfeccionismo ao extremo ou por outro motivo. No entanto, pode ser que as próprias características do trabalho (pressão, risco de vida e prazos apertados, por exemplo) acarretem stress. Finalmente, o ambiente de trabalho, construído pelos funcionários e pelas relações entre eles, pode ser o grande culpado.
2. Fique atento aos sinais do seu corpo
Os problemas clínicos associados ao stress que costumam aparecer primeiro são cansaço e desânimo desproporcionais, fadiga constante, dificuldades de concentração, problemas de memória, comportamento explosivos e irritabilidade. Além deles, sintomas comuns quando o nível de stress profissional é grande incluem depressão, transtornos de ansiedade, hipertensão, compulsão alimen tar, aumento de peso, gastrite e outras alterações gastrointestinais.
3. Seja flexível, não abrace o mundo
Não delegar tarefas e cobrar muito de si são alguns dos comportamentos que podem se virar contra você, já que colaboram com o aumento do stress no trabalho. “Por exemplo, uma pessoa muito perfeccionista nunca vai ficar satisfeita com o seu trabalho, não importa o resultado. Ou ela vai considerar que não fez mais do que sua obrigação, ou vai se culpar pois deixou a desejar”, diz o psiquiatra Renato Mancini.
4. Não guarde os problemas para si
A falta de comunicação é um dos principais males da convivência profissional. Para melhorá-la, um profissional deve buscar e estudar quais são as melhores formas de interagir e de se comportar no ambiente de trabalho. “Se os problemas persistirem, é preciso conversar sobre eles, por mais difícil que possa ser, já que o ambiente profissional é muitas vezes opresso. É importante discutir, por exemplo, quando o prazo de um trabalho for impossível de ser cumprido”, diz Mancini.
5. Conheça o emprego antes de aceitá-lo
Saber quais são as características do seu emprego é fundamental para evitar uma quebra de expectativa e uma frustração. “É preciso ter certas coisas em mente. Não podemos esperar, por exemplo, que um colega de trabalho seja nosso melhor amigo”, diz Manicini. Além disso, é provável que o emprego atinja uma certa rotina e que as funções deixem de ser novidade. “Quem só gosta de novidades e desafios e cai na rotina se frustra. Por isso precisamos entender o ambiente em que estamos inseridos e avaliar se ele é estimulante”, afirma o médico.
6. Não limite sua vida ao trabalho
Quando a vida de uma pessoa está resumida somente ao trabalho, ou seja, quando nada mais lhe satisfaz, qualquer fato que ocorra no ambiente profissional terá um impacto muito maior do que deveria. Por isso é importante que um indivíduo tenha um hobbie, mantenha contato com família e amigos, procure um curso para fazer ou outra atividade para se engajar fora do trabalho.
7. Fortaleça o seu sistema imunológico
Hábitos alimentares corretos ajudam a fortalecer o sistema imunológico e, consequentemente, tornam uma pessoa menos vulnerável ao stress e seus efeitos. Vitamina C e alimentos ricos em zinco, como as amêndoas, são aliadas da imunidade.
8. Durma pelo menos 8 horas por dia
Dormir bem é outra maneira de melhorar a qualidade de vida e o bem-estar, diminuindo o cansaço e aumento a disposição para trabalhar. O sono adequado, ou seja, de oito horas diárias, ajuda uma pessoa a ser mais forte em frente ao stress e melhora a sua memória e raciocínio. “Uma melhor qualidade de vida melhora o desempenho no trabalho e a forma como uma pessoa lida com os conflitos profissionais, já que o stress prejudica o raciocínio e a tomada de decisões”, explica a psiquiatra Mara Maranhão.
9. Pratique atividades físicas
O bem-estar e a qualidade de vida também dependem do exercício físico. Eles melhoram a disposição de um indivíduo e o tornam mais forte para enfrentar situações de stress. O ideal é a prática de 30 minutos de qualquer atividade ao menos três vezes na semana.
10. Procure ajuda profissional
Pode ser difícil encontrar formas de lidar com o stress, mesmo sabendo o motivo pelo qual ele existe e quais são as suas consequências. Por isso, o auxílio de um profissional que seja especialista em saúde mental pode ser fundamental para que o stress permaneça distante e não afete a sua vida.
Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/dez-formas-de-evitar-os-prejuizos-do-stress-no-trabalho?utm_source=redesabril_veja&utm_medium=twitter&utm_campaign=redesabril_veja&utm_content=feed&

Se você se identifica, repense suas atitudes. Somos nós que fizemos nossa vida, nosso caminho e, portanto, nossos resultados. Lembre-se disto.
______________________________________________
Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestaoAdvBr
www.gestao.adv.br  |  gustavo@gestao.adv.br

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Limitações, liberdade e expressão II

Em Novembro de 2010, há mais de dois anos atrás, escrevi um artigo sobre o projeto “Petição 10, Sentença 10″ do Tribunal de Justiça gaúcho que na época sugeria que as petições e as sentenças não ultrapassassem 10 folhas cada.
A ideia parece boa, economizar papel, tornar tudo mais simplificado. Só benefícios.
Será mesmo? E se o que preciso provar passar de 10 folhas? Se precisar de 12? Como posso garantir que o direito do cliente estará adistrito a 10 páginas?
Na época que escrevi foram apenas reflexões. Contudo, escrevo esta continuidade do artigo, pois aconteceu um caso prático em que a limitação imposta por um tribunal quase causou prejuízo a parte (não foi no TJRS).
Leia o artigo original de 2010 aqui.
O caso atual aconteceu no TRT da 10 Região e o que mais causa estranheza é que o processo sequer era de papel, era eletrônico. O limite daquele tribunal é de 20 páginas. Um advogado fez uma petição com 40 páginas (entre petição e documentos) e como o limite era de 20, não foi recebida. Veja trecho da reportagem:

Por excesso de páginas anexadas na petição de uma ação trabalhista protocolada no sistema eletrônico do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, o advogado Rafael Ferraresi, do Siqueira Castro Advogados, não conseguiu que seu processo fosse julgado. Foram anexadas 40 páginas ao documento, o limite total fixado pelo tribunal é de 20 páginas — fruto da Resolução Administrativa 62, de 2011, que cita que a limitação está de acordo com o Projeto TRT Responsável, de autoria da própria Corte, que pretende reduzir em 20% o consumo de papel pelo tribunal até 2014. A reportagem foi publicado no Valor econômico.
(…)
O recurso apresentado por Ferraresi questionava os cálculos feitos pela Justiça em um processo trabalhista. Os anexos, de acordo com o advogado, descreviam o quanto o funcionário deveria ter recebido de horas extras durante o período em que trabalhou na empresa. Devido à Resolução Administrativa 62, de 2011, entretanto, o juiz da 13ª Vara do Trabalho de Brasília não analisou o processo.
Ferraresi afirma que, devido ao fato de a diferença de cálculo no processo negado ser pequena, o trabalhador aceitou que o escritório não recorresse da decisão do juiz, encerrando a ação. Mesmo assim, ele considera que a norma é prejudicial. “Fomos prejudicados na defesa dos interesses do nosso cliente por conta da restrição”, afirma Ferraresi.
Fonte: http://www.conjur.com.br/2012-nov-20/trt-10-regiao-limita-numero-paginas-peticao?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter
Quer dizer, não houve prejuízo porque a parte desistiu do recurso… Mas, se fosse a base de todo valor a ser recebido pela parte? Se estas páginas fossem essenciais para comprovar o direito do autor? Ou a defesa do réu?
Sou totalmente contra copia e cola, petições extensas sem foco e objetivo, mas temos que ter bom senso. Criar regras que podem prejudicar as partes é um contrasenso e mais, uma injustiça.
O Conselho Nacional de Justiça parece estar acordado a esta realidade. A mesma reportagem cita:
Em 2007, o CNJ analisou um caso semelhante. O órgão derrubou a Portaria 2, de 2007, do Juizado Especial Cível de Itapetinga, na Bahia. O documento limitava a petição a 30 páginas, o que, para o Conselho, restringia o direito de defesa. Segundo informações do CNJ na época, o juizado recebia apenas quatro processos por dia.

No TJRS não é obrigatório, é uma opção. Ao meu ver, prevalece o bom senso assim.
Tornar a conduta de número x ou y de folhas obrigatório é uma forma de restrição de direitos. E, nas palavras do José Zagallo, tal atitude vai contra o próprio projeto de implantação do processo eletrônico – PJe no país:
Para o presidente da Comissão Especial de Informática e Estatística do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, José Guilherme Zagallo, iniciativas como essa acabam dificultando a implementação do PJe. Ele lembra que o sistema, desenvolvido pelo CNJ, não limita o número de páginas em petições iniciais. “Esse tipo de iniciativa é um gol contra do Judiciário e alimenta a resistência ao PJe”, diz.
Fonte: http://www.conjur.com.br/2012-nov-20/trt-10-regiao-limita-numero-paginas-peticao?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

Enfim, temos que lutar contra restrições.
Queremos mais tecnologia? Claro que sim!
Queremos mais celeridade, mais foco? Claro que sim!
Queremos procedimentos unificados em todo país? Claro que sim!
Agora, não podemos querer que o direito daquele que confiou no advogado para resolver ou lutar por ele seja cerceado porque alguém entendeu que tudo que ele tem para provar tem que caber em 10 ou 20 folhas…
______________________________________________
Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestaoAdvBr
www.gestao.adv.br  |  gustavo@gestao.adv.br

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Marketing Jedi: Bom ou mau?

Quando o assunto é marketing sempre aparecem mil conhecedores do tema, dizendo mais cinco mil teorias sobre o mesmo.
Um exemplo do marketing é a série Star Wars, que recentemente foi vendida aos estudios Disney por 4 Bilhões de dólares.
A proposta do artigo de hoje é bem mais direta e objetiva: O que é um bom ou o que é um mau marketing?
O site pequeno Guru fez um arrazoado de possibilidades que colaciono abaixo (sem comparar com Star Wars) e coloco em negrito todas as possibilidades boas, com comentários meus em azul.
Vejamos:
O bom marketing nos oferece uma visão do mundo.
O mau oferece a você um produto pra comprar.
Você oferta soluções ou apenas uma causa ao seu cliente?
O bom marketing fala por nós.
O mau marketing fala para nós.
Qual a opinião do seu cliente sobre o seu trabalho? Ele recomenda?
O bom marketing parte de uma causa.
O mau marketing parte de um objetivo.
Você defende no seu negócio quais causas? Você tem responsabilidades sócio-ambientais, por exemplo? Você ajuda, colabora ou apenas visa o lucro?
O bom marketing gera lealdade.
O mau marketing gera transações.
Você tem clientes permanentes ou clientes eventuais?
O bom marketing promove valores.
O mau marketing valoriza promoções.
Antes do marketing promover, você deve saber: Quais são os seus valores como empresa?
O bom marketing nos diz exatamente como a empresa pensa.
O mau marketing nos diz o que a empresa quer que nós pensamos que ela pensa.
É mais simples mostrar o que você faz do que o você diz que faz.
O bom marketing seduz.
O mau marketing mira (target).
Seduz a honestidade, comprometimento e busca por resultados. Tentar/mirar não seduz, é brochante.
O bom marketing nunca menciona preço.
O mau marketing sempre menciona preço.
Preço? Pra que? Com todos os atributos que você vai apresentar do seu trabalho, o seu preço só pode ser algo justo e perfeito.
O bom marketing usa o produto pra ajudar a contar uma história.
O mau marketing conta história sobre produtos.
Você cita exemplos que já vivenciou ou possibilidades de vivenciar?
O bom marketing é sobre nós.
O mau marketing é sobre eles.
Você se compromete com o que propõe ao cliente?
O mau marketing manipula.
O bom marketing inspira.
Com exemplo, honestidade e comprometimento, inspirar é natural.
Fonte texto: http://www.pequenoguru.com.br/2011/03/bom-marketing-vs-mau-marketing/ (com comentários em azul por Gustavo Rocha)

São vários exemplos práticos de como fazer o marketing do bem.
Você é Mestre ou Padawan (aprendiz) em marketing?
Quais atitudes das mencionadas estão em prática no seu dia a dia?
AFINAL,
De que lado você está, Padawan? Do lado bom ou do lado sombrio da força?
Lembre-se, na ficção ou na vida real o lado do bem sempre vence…
______________________________________________
Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestaoAdvBr
www.gestao.adv.br  |  gustavo@gestao.adv.br