terça-feira, 30 de abril de 2013

O trabalho é o amor feito visível

No dia primeiro de Maio comemoramos o dia do trabalho, aquela data mundial onde todos reclamam do que fazem e não trabalham, ficam em casa vendo as manifestações pelo mundo.
Para mim, uma data de muita reflexão.
Indagações que divido com você leitor: O que é efetivamente trabalho? Faço a diferença? Estou somando no time que participo?
Enfim: Como você efetivamente vê o seu trabalho?
O título do artigo é uma frase de Khalil Gibran no seu livro O Profeta. Para mim, uma excelente e única reflexão sobre o tema trabalho. Divido o trecho do livro:

Depois um operário lhe disse: Fala-nos do Trabalho.
E ele respondeu, dizendo:
Vós trabalhais para poder manter a paz com a terra e a alma da terra.
Pois ser ocioso é tornar-se estranho às estações e ficar afastado da procissão da vida que marcha majestosamente e com orgulhosa submissão em direção ao infinito.
Quando trabalhais sois uma flauta através da qual o sussurro das horas se transforma em música.
Qual de vós quereria ser uma cana muda e silenciosa, quando tudo o resto canta em uníssono?
Sempre vos disseram que o trabalho é uma maldição e o labor um infortúnio.
Mas eu digo-vos que quando trabalhais estais a preencher um dos sonhos mais importantes da terra, que vos foi destinado quando esse sonho nasceu, e quando vos ligais ao trabalho estais verdadeiramente a amar a vida, e amar a vida através do trabalho é ter intimidade com o segredo mais secreto da vida.
Mas se na dor chamais ao nascimento uma provação e à manutenção da carne uma maldição gravada na vossa fronte, então vos digo que nada, exceto o suor na vossa fronte, apagará aquilo que está escrito.
Também vos foi dito que a vida é escuridão, e no vosso cansaço fazeis-vos eco de tudo o que os cansados vos disseram.
E eu digo que a vida é mesmo escuridão excepto quando existe necessidade, e toda a necessidade é cega exceto quando existe sabedoria.
E toda a sabedoria é vã exceto quando existe trabalho, e todo o trabalho é vazio exceto se houver amor; e quando trabalhais com amor estais a ligar-vos a vós mesmos, e uns aos outros, e a Deus.
E o que é trabalhar com amor?
É tecer o pano com fios arrancados do vosso coração, como se os vossos bem amados fossem usar esse pano.
É construir uma casa com afeto, como se os vossos bem amados fossem viver nessa casa.
É semear sementes com ternura e fazer a colheita com alegria, como se os vossos bem amados fossem comer a fruta.
É dar a todas as coisas um sopro do vosso espírito, e saber que todos os abençoados defuntos estão à vossa volta a observar-vos.
Muitas vezes vos ouvi dizer, como se estivésseis a falar durante o sono, “Aquele que trabalha o mármore e encontra na pedra a forma da sua própria alma é mais nobre do que aquele que trabalha a terra.
E aquele que agarra o arco-íris para o colocar numa tela à semelhança do homem, é mais do que aquele que faz as sandálias para os nossos pés.”
Mas eu digo, não no sono, mas no despertar, que o vento não fala mais documente com o carvalho gigante do que com a mais ínfima erva; e é grande aquele que, sozinho, transforma a voz do vento numa canção tornada doce pelo seu amor.
O trabalho é o amor tornado visível.
E se não sabeis trabalhar com amor mas com desagrado, é melhor deixardes o trabalho e sentar-vos à porta do templo a pedir esmola àqueles que trabalham com alegria.
Pois se fizerdes o pão com indiferença, estareis a fazer um pão tão amargo que só saciará metade da fome.
E se esmagardes as uvas de má vontade, essa má vontade contaminará o vinho com veneno.
E se cantardes como anjos mas não apreciardes os cânticos, estareis a ensurdecedor os ouvidos do homem às vozes do dia e às vozes da noite.

Apesar de todos os direitos, obrigações, chefes, metas, objetivos, planejamentos, enfim, de tudo que a vida moderna nos reserva para o nosso pensar neste dia do trabalhador, a minha concepção e escolha foi diferente:
Quero pensar no que o trabalho representa na minha essência e como estou lidando com ele na minha existência.
E o resto?
Como bom brasileiro que sou, deixo para dois de Maio em diante… Já que no dia primeiro, diferente da grande maioria, estarei trabalhando…(acesse aqui)
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestãoAdvBr
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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Como você reage a vida?


Um princípio chamado 90/10 criado por Stephen Covey traz uma ideia simples, mas muito interessante: 10% do que acontece na sua vida são os fatos dela; Os outros 90% é como você reage ao que acontece na vida.
Já escrevi sobre este tema em 2009, e trago a baila novamente por ser muito atual.
Divido com vocês com alguns comentários pessoais:

Princípio 90/10
Stephen Covey
Que princípio é este? Os 10% da vida estão relacionados com o que se passa com você, os outros 90% da vida estão relacionados com a forma como você reage ao que se passa com você.
O que isto quer dizer?
Realmente, nós não temos controle sobre 10% do que nos sucede. Não podemos evitar que o carro enguice, que o avião atrase, que o semáforo fique no vermelho. Mas, você é quem determinará os outros 90%. Como ? Com sua reação.
Exemplo: você está tomando o café da manhã com sua família. Sua filha, ao pegar a xícara, deixa o café cair na sua camisa branca de trabalho. Você não tem controle sobre isto. O que acontecerá em seguida será determinado por sua reação. Então, você se irrita. Repreende severamente sua filha e ela começa a chorar. Você censura sua esposa por ter colocado a xícara muito na beirada da mesa. E tem prosseguimento uma batalha verbal.
Contrariado e resmungando, você vai mudar de camisa. Quando volta, encontra sua filha chorando mais ainda e ela acaba perdendo o ônibus para a escola. Sua esposa vai para o trabalho, também contrariada. Você tem de levar sua filha, de carro, pra escola. Como está atrasado, dirige em alta velocidade e é multado. Depois de 15 min. de atraso, uma discussão com o guarda de trânsito e uma multa, vocês chegam à escola, onde sua filha entra, sem se despedir de você. Ao chegar atrasado ao escritório, você percebe que esqueceu de sua maleta. Seu dia começou mal e parece que ficará pior. Você fica ansioso para o dia acabar e quando chega em casa, sua esposa e filha estão de cara fechada, em silêncio e frias com você.
Por quê? Por causa de sua reação ao acontecido no café da manhã. Pense: por quê seu dia foi péssimo?
A) por causa do café?
B) por causa de sua filha?
C) por causa de sua esposa?
D) por causa da multa de trânsito?
E) por sua causa?
A resposta correta é a E). Você não teve controle sobre o que aconteceu com o café, mas o modo como você reagiu naqueles 5 minutos foi o que deixou seu dia ruim.
O café cai na sua camisa. Sua filha começa a chorar. Então, você diz a ela, gentilmente: “Está bem, querida, você só precisa ter mais cuidado”.
Depois de pegar outra camisa e a pasta executiva, você volta , olha pela janela e vê sua filha pegando o ônibus. Dá um sorriso e ela retribui, dando adeus com a mão.
Notou a diferença? Duas situações iguais, que terminam muito diferente.
Por quê? Porque os outros 90% são determinados por sua reação.
Aqui temos um exemplo de como aplicar o Princípio 90/10. Se alguém diz algo negativo sobre você, não leve a sério, não deixe que os comentários negativos te afetem. Reaja apropriadamente e seu dia não ficará arruinado.
Como reagir a alguém que te atrapalha no trânsito? Você fica transtornado? Golpeia o volante? Xinga? Sua pressão sobe? O que acontece se você perder o emprego? Por quê perder o sono e ficar tão chateado? Isto não funcionará. Use a energia da preocupação para procurar outro trabalho. Seu vôo está atrasado, vai atrapalhar a sua programação do dia.
Por quê manifestar frustração com o funcionário do aeroporto? Ele não pode fazer nada. Use seu tempo para estudar, conhecer os outros passageiros.
Estressar-se só piora as coisas.
Agora que você já conhece o Princípio 90/10, utilize-o. Você se surpreenderá com os resultados e não se arrependerá de usá-lo.
Agora que você conhece o princípio, reflita: Como posso aplicar ele no meu escritório de advocacia?
Complexo, não?
A primeira atitude a ser tomada é em relação ao agir. Devo ser mais racional em minhas atitudes, menos emotivo, mais cultivador do bom humor.
Só esta mudança já faz toda a diferença.
E no restante, devo concentrar minhas energias nos reultados positivos:
Não consegui a liminar, mas a tese do juiz está errada, vou recorrer;
Não consegui a liminar, mas realmente este juiz tem razão, vou alterar o pedido;
Não consegui a liminar, mas vou batalhar por uma sentença favorável.
Em suma, o princípio mostra que a grande maioria das pessoas fica na primeira parte da frase (não consegui a liminar) e não busca os reais motivos e objetivos disto.
Não conseguir algo é fato, faz parte da vida. Como vou encarar isto é que faz toda a diferença.
E você?
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quarta-feira, 24 de abril de 2013

11 dicas para melhorar a sua influência no trabalho

Para muitos, o sonho é ter um trabalho em primeiro lugar. Depois, querem conquistar um espaço maior, um cargo melhor, melhores salários e desafios mais tentadores.

Contudo, numa sociedade onde tudo pode acontecer e empresas ainda se adaptando a mudança de sócios (gerações), alternâncias da economia, entre outras questões, obter influência na carreira pode ser algo complexo e difícil.

Uma interessante reportagem da Exame.com traz uma tradução livre com os pontos do livro “Political Skills at Work” – (“Habilidades Políticas no Trabalho” na tradução livre, Ed. Nicholas Brealey), dos autores Gerald R. Ferris, Sherry L. Davidson e Pamela Perrewe.

Divido estes tópicos com comentários ao final:

1 Assuma que todos são potenciais aliados

Evite se fechar na sua “panelinha” dentro da empresa. Você pode ter mais afinidade com determinados colegas de trabalho, mas nem por isso deve deixar de lado as outras pessoas que trabalham com você.

 “Há muitas panelas nas empresas, é natural do ser humano, mas as pessoas têm que perceber que não podem se fechar”, diz Furlan. Para aumentar seu poder de influência, extravase o limite dos grupinhos do escritório, esteja aberto para conversar com todas as pessoas pois elas podem ser boas aliadas.

2 Deixe claros seus objetivos e prioridades

“Como é possível influenciar alguém para lhe ajudar se essa pessoa não sabe ao menos quais são os seus objetivos”, pergunta Furlan. Certifique-se de que quem pode agir em seu favor sabe quais são os seus planos e metas. Seja objetivo na hora de comunicá-los, para não restar dúvida.

3 Faça um diagnóstico do “mundo” das outras pessoas

“É também investigar as características de personalidade, se é uma pessoa mais analítica ou mais expressiva, por exemplo”, diz Furlan. Faça perguntas, se interesse também por outros aspectos, como hobbies, metas, objetivos, preferências.

4 Identifique moedas de troca para você e para os outros

Depois de investir tempo para descobrir mais sobre as pessoas e suas prioridades, você será capaz de saber exatamente o que é importante para um e o que é para outro. Dessa forma você poderá identificar as chamadas de moedas de troca para você e para os outros. O que está ao seu alcance de fazer e que é interessante para um colega de trabalho? O que ele pode fazer por você?

5 Mantenha os relacionamentos e aposte no networking

Procure manter alianças, amizades e relacionamentos profissionais. Faça um esforço para não perder contato com quem você for conhecendo ao longo da carreira.

Por mais próximo que você tenha sido de alguém, passados vários anos sem contato, o laço se perde. “Não dá para pensar que uma pessoa com quem estudo há 30 anos e nunca mais falou vai estar disposta a lhe ajudar”, lembra Furlan.

Na opinião da coach Silvana Mello, da consultoria LHH|DBM, os profissionais devem ficar atentos em relação ao que a sua rede de networking pode contribuir para a própria organização em que trabalham.

“Muitas vezes há determinadas questões em uma empresa que alguma pessoa da sua rede de contatos pode ajudar a esclarecer, as vezes até fazer uma palestra. É uma questão de ficar de olho para perceber no que o seu networking pode contribuir”, explica.

6 Invista na reciprocidade

“É influenciar através do gesto de dar e receber”, explica Furlan. Ajude os outros quando estiver ao seu alcance fazê-lo que as chances de ser ajudado por aquela pessoa crescem. “Na cultura latina principalmente isso é muito importante e dá resultado”, diz Furlan.

7 Torne-se referência de integridade

“A integridade é uma forma de influência”, diz Silvana. Na opinião dela, um profissional íntegro e que mantenha a coerência com a sua prática vai aumentar seu poder de influenciar pessoas justamente porque se torna uma referência.

8 Mantenha-se atualizado

Mantenha-se “antenado” em relação às notícias e novidades que dizem respeito ao seu setor de atuação. “É ler livros, jornais, pesquisas”, recomenda Silvana. Ao perceberem que você é um profissional atualizado, as pessoas vão se interessar em saber sua opinião sobre os assuntos correntes.

9 Compartilhe conhecimento

Dividir com seus colegas de trabalho o que você sabe é uma tática sugerida pela coach da LHH|DBM que acaba sendo consequência para quem está sempre atualizado . “É uma forma positiva de influenciar pessoas”, diz. Ao perceber que pode ajudar alguém a partir da transmissão do seu conhecimento ou experiência , não se acanhe, diga que está disposto a ensinar.

10 Comprometimento

A dedicação à empresa pode ajudá-lo também. “Comprometimento é uma forma de influenciar pessoas”, diz Silvana. Uma atuação focada vai fazer com que as pessoas o respeitem mais e com isso, você se torna mais influente.

11 Contribua com as outras áreas da empresa

Amplie a sua atuação e busque espaço para contribuir com outras áreas e departamentos da empresa. “Dê ideias e opiniões”, sugere Silvana. Vale destacar que o primeiro passo é se aproximar das pessoas para conquistar a confiança necessária e poder efetivamente ajudar no que for possível.

Fonte: http://exame.abril.com.br/carreira/noticias/11-taticas-para-aumentar-seu-poder-de-influencia-no-trabalho?page=1



A conclusão que penso depois destas dicas é: Exerça seu networking com muito conhecimento e propriedade, colocando-se sempre a disposição para ajudar, orientar e desenvolver todos ao seu redor, com foco na sua carreira e na estratégia da empresa.

Com certeza com estes atributos sua carreira vai longe….

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terça-feira, 23 de abril de 2013

Estar em movimento é imprescindível

Segundo o especialista George Kohlrieser: “Morre lentamente a empresa que não muda”.
Concordo integralmente, o importante não é inovar por inovar, mas sim estar em constante movimento. Na frase de Leon Megginson: Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças.
A entrevista de Kohlrieser a revista Exame.com traz alguns pontos fundamentais para reflexão deste tema, como o conflito de gerações (em razão da visão diferente de cada uma delas), entre outros.
Vejamos:
Em entrevista exclusiva à EXAME.com, Kohlrieser afirma ver nos choques intergeracionais o principal conflito das empresas na atualidade. “Os profissionais mais velhos precisam compreender que a mente dos mais jovens funciona de forma diferente”, diz.
Choque de gerações
Essa diferença reside, na opinião do especialista, na influência da tecnologia na rotina dos mais jovens. Entre a chamada Geração Y e os antecessores, a Geração X, há uma diferença gritante quanto à interferência da tecnologia no cotidiano – enquanto os primeiros já nasceram em contato com computadores, os segundos chegaram a ver o mundo funcionar sem sequer aparelho celular. 
“Eles pensam com a velocidade e com a organização da tecnologia. Os jovens também precisam compreender que os mais velhos não compartilham da mesma visão de mundo, uma vez que viveram em cenários muito diferentes dos atuais”, afirma.
A solução do conflito reside na curiosidade, que deve vir de ambas as partes. “Invés da crítica, seja curioso. Todas as diferenças podem ser resolvidas se você estiver realmente curioso e disposto a encontrar a parte boa de todos.”
Conexão
A falta de conexão entre as pessoas foi apontada por Kohlrieser como o segundo principal conflito profissional dessa era. “Os profissionais andam se esquecendo de levar o lado humano de seus colegas em conta”, diz.
Esse seria um evidente indicativo que a tal inteligência emocional anda em falta nas empresas do mundo todo. “Os líderes tem de conduzir às metas, mas precisam colocar as relações humanas em primeiro lugar.”
A forma mais rudimentar de ampliar este contato está na ativação do padrão mental da curiosidade. “Melhor que defender seu ponto de vista, é mostrar curiosidade. Isso indica que você se importa com o outro e, principalmente, está interessado no que ele pensa.”
Como tendência, Kohlriser vê uma crescente da incerteza, graças à velocidade na mudança dos cenários econômicos e sociais. “Morre lentamente a empresa que não muda”, afirma.
Fonte: http://exame.abril.com.br/gestao/noticias/choques-de-geracoes-sao-o-maior-conflito-dentro-de-empresas?page=1
Uma das palavras que mais me instigou no texto: Criatividade. Como bem disse Einstein: A criatividade é mais importante que o conhecimento.
Como temos usado a nossa criatividade? Pensamos em como fazer diferente algo? Queremos mudar ou nos acomodamos a realidade diária?
Mudar sempre implica em riscos, em fazer diferente para fazer a diferença.
Não aceite as coisas como elas são. Mude.
Exerça a sua vida nos moldes da frase de Chico Buarque: As pessoas têm medo das mudanças. Eu tenho medo que as coisas nunca mudem.
E viva a evolução!
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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Penso, logo existo

A frase de René Descartes: Penso, logo existo, já trouxe inúmeras interpretações para o cotidiano de todos nós.
Entre elas que devemos pensar antes de agir, que devemos exercitar a nossa razão em prol da nossa existência e por aí vai.
Brindo o leitor com o texto que deu origem a esta frase, para fazermos uma reflexão logo após:
Penso, logo Existo
De há muito tinha notado que, pelo que respeita à conduta, é necessário algumas vezes seguir como indubitáveis opiniões que sabemos serem muito incertas, (…). Mas, agora que resolvera dedicar-me apenas à descoberta da verdade, pensei que era necessário proceder exactamente ao contrário, e rejeitar, como absolutamente falso, tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dúvida, a fim de ver se, após isso, não ficaria qualquer coisa nas minhas opiniões que fosse inteiramente indubitável.
Assim, porque os nossos sentidos nos enganam algumas vezes, eu quis supor que nada há que seja tal como eles o fazem imaginar. E porque há homens que se enganam ao raciocinar, até nos mais simples temas de geometria, e neles cometem paralogismos, rejeitei como falsas, visto estar sujeito a enganar-me como qualquer outro, todas as razões de que até então me servira nas demonstrações. Finalmente, considerando que os pensamentos que temos quando acordados nos podem ocorrer também quando dormimos, sem que neste caso nenhum seja verdadeiro, resolvi supor que tudo o que até então encontrara acolhimento no meu espírito não era mais verdadeiro que as ilusões dos meus sonhos. Mas, logo em seguida, notei que, enquanto assim queria pensar que tudo era falso, eu, que assim o pensava, necessáriamente era alguma coisa. E notando esta verdade: eu penso, logo existo, era tão firme e tão certa que todas as extravagantes suposições dos cépticos seriam impotentes para a abalar, julguei que a podia aceitar, sem escrúpulo, para primeiro princípio da filosofia que procurava.

René Descartes, in ‘Discurso do Método’

Em bom português: Descartes procurava a verdade para bolar esta frase e dizer que penso, logo existo foi para ele uma verdade incontestável.
Abstraindo a questão religiosa, com um pensamento puramente laico: Qual é a verdade para você?
E mais: No que você acredita?
Além disto: Como a realidade que você acredita que está acontecendo está influenciando o seu dia a dia?
Estes questionamentos além de filosóficos são fundamentais para definir como e quando mudar.
Se você acha, por exemplo, que o processo eletrônico vai demorar muito a chegar na sua realidade e se preparar agora é bobagem, cuidado! Pode estar mais próximo do que você imagina.
Neste exemplo, para mim, a realidade do processo eletrônico já está acontecendo. Pode ser que para você leitor ainda não tenha acontecido e você não se sinta pressionado por ela. Agora, na filosofia do penso, logo existo, devemos pensar e aplicar todas as variáveis. (atualize-se: http://www.oabrs.org.br/processoeletronico/noticia-85-divulgada-programacao-do-ii-congresso-sulbrasileiro-sobre-processo-eletronico)
Pensar não é unicamente no processo do cliente ou em como ganhar mais honorários. Pensar deve estar em todos os momentos da vida, para que a vida não passe in albis, como diria o jurista.
Penso, logo existo.
Escrevo, logo me comunico.
Falo, logo transmito.
Sinto, logo vivo.
Enfim, acredito, logo duvido.
E você?
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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Modismos e o trabalho. Qual o conceito?

Seis funcionários do forum de Novo Hamburgo/RS (Grande Porto Alegre) foram demitidos depois de dançarem Harlem Shake em cima de processos.
Tal situação noticiada no jornal Zero Hora causou polêmica entre algumas pessoas. Muitas no sentido de estar a decisão acertada, outras de ser um exagero frente ao que foi feito.
Primeiramente, vamos estabelecer o que é harlem shake, segundo a Wikipédia:
O Harlem Shake (Inglês: Shake significa se requebrar), é um hit da Internet ou um Meme que obteve enorme sucesso em Fevereiro de 2013. A música original foi desenvolvida por Baauer.
O vídeo viral que começou a febre do Harlem Shake pelo mundo foi postado no YouTube no dia 02 de fevereiro de 2013. Nele, mostra-se apenas 36 segundos da música original e mostra, também, quatro amigos dançando com um vestido de ET, outro vestido de Power Rangers, outro vestido de Chinês e o último vestido com uma roupa Cor de rosa. O sucesso desse vídeo causou grande apreciamento pelo mundo todo, fazendo o viral ser reproduzido com elementos diferentes por centenas uploaders e vistos por milhões de pessoas em muito pouco tempo.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Harlem_Shake_%28meme%29
A reportagem esboça bem o ocorrido:
Os seis funcionários da 2ª Vara Cível de Novo Hamburgo que participaram de um polêmico vídeo fazendo um Harlem Shake (dança hit na internet) por cima de processos em um cartório do tribunal foram demitidos na tarde desta terça-feira. Segundo a diretora da unidade, Traudi Beatriz Grabin, a justificativa foi por um “comportamento inaceitável”. Os envolvidos não eram concursados, apesar de prestar serviço público.
Os envolvidos no vídeo foram ouvidos durante a tarde. Por isso, o cartório ficou fechado e os prazos foram estendidos.
De acordo com a diretora, os funcionários justificaram o vídeo, montado após o expediente, como uma “brincadeira que fez parte da onda mundial”, não tendo a intenção de fazer qualquer tipo de deboche. Mesmo assim, Traudi afirmou que “a dança não é uma medida condizente com a que o servidor deve manter”.
Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2013/04/justica-demite-funcionarios-apos-harlem-shake-em-forum-de-de-novo-hamburgo-4107983.html
Ainda como consequencia, vão estatizar o cartório:
Estatização da 2ª Vara Cível
de Novo Hamburgo será antecipada
A estatização do cartório da 2ª Vara Cível de Novo Hamburgo, prevista para o mês de maio, será antecipada e ocorrerá até o final da próxima semana.
O anúncio foi feito nesta manhã pela Corregedoria-Geral da Justiça nesta manhã (17/4).
A medida foi adotada depois que funcionários contratados (não concursados) postaram na Internet vídeo em que dançam o Harlem Shake em cima de processos que tramitam no cartório.
Os Juízes-Corregedores Gisele Anne Vieira de Azambuja, Ana Cláudia Cachapuz Raabe e Leandro Raul Klippel estiveram na Comarca e conversaram com a Escrivã e com servidores que não participaram da gravação, e decidiram implementar com a máxima brevidade a estatização do cartório, que passará a contar somente com servidores que prestaram concurso público.
Fonte: http://www1.tjrs.jus.br/site/imprensa/noticias/?idNoticia=208607

Assista o vídeo:
Harlem Shake  (http://videos.clicrbs.com.br/rs/gaucha/video/radio-gaucha/2013/04/justica-vai-investigar-danca-funcionarios-foro-novo-hamburgo-cima-dos-processos-16-04-2013/18898/)

Depois de toda esta informação, qual a sua opinião?
Ao me fazer a mesma pergunta, me fiz mais uma: Qual o conceito de trabalho?
Seria algo chato, entediante?
Seria algo em que se pode fazer qualquer coisa?
Em ambas as respostas, penso que há equívocos.
De um lado, sabemos que o local de trabalho é local de trabalho. De outro, um meme mundial pede uma brincadeira.
Não apenas por se tratar de um forum, um local mais sério ainda, mas unicamente por ser um ambiente de trabalho.
De minha parte, penso que o local público (forum é um local público), isto não deve ocorrer. Em empresas privadas, com devida anuência da chefia, penso que pode ser uma excelente descontração, brincadeira.
Ainda um pensar de outra forma sobre o tema:
Será mais grave dançar em um ambiente de processos ou os processos demorarem meses, anos para serem movimentados/julgados?
Será mais grave a dança de um meme mundial ou a dança que milhares de pessoas sofrem todos os dias com processos parados, julgados de qualquer jeito e sem critérios?
Um erro não justifica o outro, mas é importante o pensar a respeito.
Agora, o que realmente me remete a uma reflexão é: Qual o conceito do trabalho hoje?
Parece-me que muitas pessoas pensam que trabalho é o local onde fizemos sacrifícios para ganhar dinheiro. Se for para ser assim, está explicado esta mania de querer ganhar dinheiro sem trabalhar que muitas pessoas tem.
Para mim, trabalho está nas palavras de Khalil Gibran: O trabalho é o amor feito visível.
Não que seja um workholic e queira apenas me dedicar ao trabalho, mas amo o que faço.
Temos que começar a aprofundar as leituras que fizemos da vida. Não apenas uma notícia ou uma questão de pode ou não pode. Não apenas uma dança que imitou um meme mundial.
É mais do que isto.
Trata-se de conceito basilar, fundamental, que se aprende com os pais em casa. Não na escola ou na universidade, mas na educação essencial, como a de caminhar. E ainda mais: Se aprende vendo nossos pais, através daquilo que eles fazem.
Talvez por isto esta nova geração não consiga pensar em conceitos, falta-lhe exemplos.
#Ficaareflexão
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestãoAdvBr
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quinta-feira, 18 de abril de 2013

[Departamento as quintas] Pro bono

Todas as quintas-feiras publicamos no portal www.gestao.adv.br um artigo inédito sobre departamentos jurídicos e seus relacionamentos internos, com escritórios terceirizados e muito mais. Nos acompanhe!

O que vem a ser Pro Bono pra você?
Advocacia gratuita? Responsabilidade social? Ajudar os mais necessitados?
A leitora Antonieta Conceição Moreira sugeriu este tema e ao pensar nestes mesmos questionamentos me deparei com realidades bem interessantes que passo a descrever.
Historicamente, a advocacia “pro bono” surgiu na Roma antiga, onde os juristas não recebiam pelos seus pareceres e atuavam nos casos apenas pelo prazer de ver sua opinião prevalecer e ser aceita tanto pelos magistrados como pela sociedade. Nos Estados Unidos, a advocacia “para o bem” surgiu por iniciativa da própria sociedade civil que se organizava em programas sociais para o fortalecimento do Direito e das instituições existindo relatos dessa prática também no Brasil, na época do Império.
Rui Barbosa foi o primeiro advogado “pro bono” defendendo gratuitamente os escravos na época da abolição, e, em 1914, aderiu à causa dos marinheiros que se revoltaram e fizeram aquela que ficou conhecida como Revolta da Chibata. Fez um “habeas corpus” oral ao então presidente Hermes da Fonseca para pedir a liberdade imediata desses homens que estavam aprisionados em um navio conseguindo pleno êxito.
Recentemente, ao arguir sobre pro bono em outro artigo, manifestei sobre a questão do acesso a justiça:
(…)
E a realidade do acesso a justiça?
Vamos exemplificar apenas três - APENAS TRÊS - fatores que impedem o acesso a justiça:
1. Aviltamento dos honorários advocatícios;
2. A idéia de que somos litigantes;
3. Alguns pontos dentro do Processo eletrônico;
(…)
Leia na íntegra: http://gestao.adv.br/index.php/acesso-a-justica-como-assim/

E o que tudo isto tem a ver com a advocacia corporativa, cujo objeto é a coluna de departamento as quintas?
Muito. Muito mais do que você imagina.
Ser pro bono é fazer algo pelo ideal, sem receber nada em troca. Isto acontece muito dentro das paredes empresariais.
Como assim?
Basta associarmos o trabalho, com o tempo e a remuneração: Trabalhamos por xx horas e recebemos xxx por mês, por exemplo.
Todo o tempo que estamos dedicando e não estamos sendo remunerados, estamos trabalhando pro bono.
Quase como o famoso bordão: Vestindo a camiseta!
Aquela reunião sem pauta, sem objetivos, que disse muito e não se resolveu nada? Pro bono, pois não houve produção efetiva e alguém terá que ficar até mais tarde para resolver o que naquele tempo não foi resolvido.
Um colaborador que não produz, mesmo com muitos incentivos, treinamentos e conversa? Você continua com ele pra quê? Só pode ser pro bono, quer dizer, ele produz pouco e você se “ferra” para compensar as mancadas dele.
Relatórios manuais, falta de sistematização, sistemas que não dão o que é esperado? Pro bono, afinal a empresa sempre investe naquilo que o departamento conseguir demonstrar que é útil. Para que tantas pessoas fazendo trabalhos mecânicos? Vale a pena a máquina cuidar disto e deixar as pessoas para o seu verdadeiro valor: O pensar.
Viu como você advoga pro bono sem saber?
Aliás, não apenas advogar: gerencia, lidera, pastoreia pessoas… Tudo tem um lado que é pro bono.
Ao meu ver, respondendo a Antonieta sobre a minha visão pro bono:
Ter um pouco de pro bono em nossa existência é salutar, afinal, trabalhamos mais do que por dinheiro e tempo, trabalhamos por acreditar naquilo que seguimos. Contudo, entretanto, todavia e também tem o porém: se o pro bono atrapalha o core business do trabalho a ser desenvolvido, deve-se repensar, pois a estratégia está equivocada. (Gustavo Rocha)
Mais ou menos como se diz no avião toda vez antes de partir e você já não escuta porque está no automático: Se houver a despressurização da cabine, máscaras de oxigênio cairão do teto. Pegue uma, coloque em volta da cabeça e respire normalmente. Se houver uma criança, primeiro ponha em você a máscara de depois nela.
Parece bobagem a indicação, mas neste exemplo a criança é o pro bono: Primeiro cuide de você, do seu tempo, do seu core business. Depois, faça, ajude e seja o melhor para a humanidade.
E, depois de tudo isto, tente me explicar como é que o avião caindo, com a cabine despressurizada, você vai conseguir respirar normalmente….
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quarta-feira, 17 de abril de 2013

“O Brasil não precisa de mais advogados”. Será?

A frase do título por óbvio não é minha. “O Brasil não precisa de mais advogados” é uma frase do ministro (com M minúsculo mesmo, que não me representa) Aloísio Mercadante.
Num trocadilho, podemos dizer que o ministro, por ser mercadante, que rima com mercantil, não pode ser advogado, por legítima incompatibilidade de atividade mercantil com a advocacia.
Trocadilhos a parte, vamos analisar o contexto e três motivos (por ululante não são os únicos) pelos quais o referido ministro está sendo infeliz em suas colocações.
Contexto
O ministro disse tal frase durante uma apresentação sobre indicadores econômicos em evento do Grupo de Líderes Empresariais (Lide). Segundo a coluna do jornalista Felipe Patury na revista Época, o ministro comemorou os números de sua gestão, mas disse que, para crescer, o Brasil precisa de mais engenheiros, não advogados. (Fonte: http://www.conjur.com.br/2013-abr-09/brasil-engenheiros-nao-advogados-ministro-educacao)
Na mesma fonte supra, aduz a reportagem:
“Nós temos um excesso de advogados. Quando um país começa a crescer, precisa de engenheiros”, declarou Mercadante. Ouviu uma crítica bem-humorada da plateia e retrucou: “Algum doutor honoris causa protestou, mas digo isso quando comparamos o Brasil a outros países e advocacia a outras áreas, naturalmente”.
A declaração de Mercadante foi dada duas semanas depois de ele ter anunciado que não autorizaria, temporariamente, a criação de novos cursos de Direito. Ele também suspendeu os vestibulares das faculdades que não atingiram a nota mínima do Conceito Preliminar de Curso (CPC), do MEC. “90% dos estudantes não passam na prova da OAB. A pessoa estuda, paga o curso e não passa no exame da Ordem, é um absurdo”, afirmou.

Este foi o contexto, que pareceu brincadeira do ministro, numa tentativa depois de desfazer a frase que disse.
Três razões para esta frase ser infeliz:
1. Temos um excesso de advogados.
Será mesmo? Ao meu ver, temos um excesso de advogados com “a” minúsculo e poucos profissionais com “A” maiúsculo. Temos muitos bacharéis que não passam na prova da OAB (veremos noutro ponto) e temos muitos que pensam apenas em ficar ricos ou ganhar dinheiro  e não em advogar.
A advocacia não é profissão de covardes, já disse Sobral Pinto. Ser advogado é muito mais do peticionar ao judiciário, conversar com juiz e fazer audiências. Ser advogado é um munus público, é exercer a cidadania, é defender os direitos e liberdades do povo.
Advogados que realmente fazem a diferença não são tantos assim. E não digam que apenas os mais velhos o são, por ser inverdade. Tem muito advogado novo na carreira que já mostra para o que veio, assim como muitos antigos tem apenas OAB com número baixo com cabelos brancos e nada mais.
Generalizar é sempre um erro.
Óbvio que precisamos de engenheiros, estamos em uma fase excelente de crescimento. Contudo, precisamos de advogados com conhecimento em infraestrutra, imobiliário, contratos, mineração, ambiental, entre inúmeras outras áreas em franca expansão.
Vamos colocar muitos engenheiros no mercado. Sem exame de proficiência, podemos ter bons e fracos profissionais. Quando começarem a cair os estádios (cobertura de alguns já demonstrou isto), além de marquises e outros, qual o profissional que buscará a reparação e o direito dos cidadãos?
O que não precisamos é de advogados sem foco que queriam ganhar dinheiro ficando sentados em suas cadeiras, nem de pessoas que menosprezem uma profissão digna, honrada e honesta, tantas e tantas vezes maltratada pela mídia.
O advogado é indispensável a administração da justiça. Está na Constituição Federal e o ministro, pelo jeito, não estudou esta parte.
2. Criação de novos curso de direito
Um ponto de acerto e de erro. De acerto, pois precisamos fechar universidades e cursos que não oferecem o mínimo, básico para os alunos. Agora, dizer que vai fechar porque não aprova na OAB é sensacionalista.
Tem que fechar por falta de professores qualificados, por falta de estrutura, por falta de biblioteca. A carteira da OAB não é um mercado, Sr. Mercadante. (trocadilho de novo)
Ter a carteira da OAB é o reconhecimento do estudo, aplicação e dedicação, além de conhecimento que o bacharel deve ter para passar na prova. Não é um mercado aonde basta passar nas cadeiras e recebe de brinde, presente, a carteira para sair profissional. Daqui a pouco, diante desta lógica burra e sensacionalista, vão fazer como fizeram no primeiro grau, onde o aluno passa de ano sem saber ler nem escrever, pois caso contrário ele não evolui.
Será que estamos regredindo em conhecimento e em pensar? Será que não percebemos que passar por passar é transformar a criança num escravo sem inteligência?
Devemos qualificar cada vez mais as universidades e transformar o curso de direito tal qual o de medicina, concorrido, difícil e principalmente exigindo muito conhecimento e estudo. Inclusive, com residência, ou seja, com prática jurídica decente e não ficar sendo ouvinte de queixas em juizados e peticionando modelos de livros.
Exigências para qualificar e fiscalização forte nas universidades. Excelente.
Fechar cursos sem qualificação. Ótimo.
Dizer que tem que acabar com exame de ordem porque as faculdades não aprovam. Demagogia.
3. “90% dos estudantes não passam na prova da OAB. A pessoa estuda, paga o curso e não passa no exame da Ordem, é um absurdo”.
Imagina, se já temos advogados fracos e sem preparo como temos com o exame da OAB, sem ele teríamos o caos.
Alguns defendem o fim da prova da OAB porque devemos investir nas universidades e cobrar delas. Concordo com a frase depois do porque, ou seja, concordo com o argumento, mas não com o fim do exame.
Pensar. É um dos mandamentos da advocacia. Se este for o objetivo da faculdade/universidade teremos melhores profissionais, que ao invés de reclamarem do exame da OAB deveriam pensar em escolher melhores universidades ou transformar o estudo em rotina. Estuda, mas saiba que a advocacia se exerce pensando, já afirmou Couture no segundo mandamento da advocacia.
Não precisamos acabar com exame de ordem. Precisamos é demonstrar cada vez mais que para ser advogado tem que estudar, pensar e ser diferenciado. Advogado não é qualquer um.
O direito está presente na vida das pessoas desde antes de nascer, até depois que morrem. Deixar pessoas sem qualificação mínima dizerem qual é o direito que a pessoa tem é como colocar gasolina adulterada no carro. Vai dar problema, certamente.
Sim, bem o que escrevi: É o advogado que muda a jurisprudência e pensa o direito. O juiz interpreta a lei e depois da súmula vinculante tenho pena dele: Ele apenas diz o que outros disseram para ele como verdade. Já o advogado pode fazer a diferença em um julgamento com poder de convencimento e uso livre do pensar para interpretar e evoluir a forma como o judiciário percebe o direito, sem ser na letra fria da lei.
É de tamanha importância esta atividade que o debate de acabar com o exame de ordem por si só já ofende a classe.
O Sr. Mercadante, dito ministro da educação, não sabe que num processo judicial o que for decido é lei entre as partes? Quer dizer, se um advogado sem qualificação perder prazo, expor teses erradas, por aí a fora, pode cometer uma injustiça irreparável para o mandatário da procuração.
Enfim,
Falta pensar antes de falar e principalmente de valorizar a profissão que muito batalhou para acabar com a ditadura, para acabar com as desigualdades e ainda resiste a infâmias como esta de cabeça erguida, pois ser advogado, Sr. Mercadante, não é profissão para qualquer um.
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestãoAdvBr
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segunda-feira, 15 de abril de 2013

O rei mendigo

Aviso já no início: O papo hoje é longo. Iremos refletir sobre a realidade e a ilusão, sob uma ótica jurídico-filosófica-histórica-reflexiva… Ufa!
Se estás com pouco tempo, separe este texto para ler com calma depois. Prometo que vale a pena.
Nossa narrativa começa com com um texto do Rei Salomão e um acordo que fez com o rei dos demônios, Asmodeus (vamos esquecer qualquer conotação religiosa, ok?).
Neste acordo, ele pede para conhecer o que é ilusão. Temos o desenrolar do texto e um final muito interessante.
Por que o papo de hoje é longo? Por que este texto? Por que uma fábula?
Sabe por quê?
Porque muitos na sua profissão criam ilusões. Muitos acreditam que chegaram ao topo, que são reis, que são os maiorais e na verdade não passam de mendigos da alma, da vida, do próprio dinheiro.
O Rei Salomão era rei pelo seu senso de justiça, misericórdia e amor. Não pelas suas posses.
A sua liderança é execida com o manto dos justos ou como um rei mendigo?
Leia a fábula para refletir:
O Rei Mendigo. Uma fábula judaica sobre o rei Salomão.
Durante a construção do Templo em Jerusalém, o rei Salomão conservou Asmodeus, o rei dos demônios, como seu prisioneiro; era para prevenir que nenhuma força do mal, que Asmodeus comandava, interferisse na construção do Templo. Quando a construção acabou, o rei Salomão chamou Asmodeus, e disse-lhe que o libertaria se primeiro ele revelasse um único segredo. Asmodeus, então, falou:
— Conta-me primeiro, ó rei, qual é o segredo que desejas conhecer?
E Salomão respondeu:
— De muitos mistérios, eu sou o senhor, Asmodeus; da linguagem dos pássaros, dos segredos dos ventos, e dos mistérios do Inefável Nome. Mas há um mistério que permanece oculto — é o segredo da Ilusão. E é muito importante para mim desvendar e aprender sobre este mistério, pois como rei sou freqüentemente chamado a distinguir a verdade da ilusão.
Asmodeus, ao ouvir tais palavras, aquiesceu:
— Concordo em te revelar este segredo. Mas não posso fazê-lo enquanto permanecer preso nestas correntes, nem enquanto não me entregares o anel que estás usando, gravado com o Nome. Pois, na presença do Nome, meus lábios ficam selados.
Ao ouvir isto, Salomão achou coerentes as palavras de Asmodeus e, para aprender o segredo, soltou-o e entregou-lhe o anel. Asmodeus, assim que se viu livre e de posse do anel, atirou-o tão longe, que se perdeu no horizonte, e foi cair no mar. Então, aproximou-se de Salomão, que ficara parado, totalmente desprotegido diante dele. Elevou uma de suas asas até os céus, e com a outra, tocando a terra, apanhou Salomão do trono onde ele estava sentado e o arremessou para mil milhas distantes de Jerusalém.
Então Salomão voou através dos céus como uma flecha e finalmente caiu no campo de um país estrangeiro. Quando se levantou, estava como um homem bêbado que perdeu seu caminho, que não sabe onde está indo ou o que está fazendo. Ele perambulou por um longo tempo, até ficar com sede e, finalmente, encontrou uma poça. Mas, quando se agachou para beber e viu seu reflexo na água, não foi o reflexo de um rei majestoso que ele viu, mas o de um mendigo miserável. A luz que iluminava sua face havia desaparecido, e não havia mais uma coroa em sua cabeça. Esmagado pela imensidão de sua perda, Salomão mergulhou na tristeza e no pesar e adormeceu. E sonhou com a Estrela da Manhã, a primeira que é vista, a verdadeira soberana dos céus à noite. Sonhou que ela tinha se deslocado de seu lugar e mergulhado como um meteoro no mar. Quando Salomão despertou e se lembrou do seu sonho, ele tremeu, pois entendeu seu significado. Pela manhã, começou sua caminhada, que durou muitos anos.
E foi assim, desprovido de seu reino, que Salomão caminhou, mendigando pelo pão de cada dia. No início, é verdade, por onde passava, insistia em dizer que era um rei. Mas aqueles que o viam nos seus trapos não lhe faziam caso e achavam que ele era mais um pedinte a ficar louco. Após três anos vagando, Salomão chegou a um reino governado pelo rei Amon. Um dia, quando estava parado numa das ruas da capital, o cozinheiro real passou por ele carregando cestas cheias de alimentos de todos os tipos. O rei mendigo ofereceu sua ajuda para carregar as cestas e desta maneira obteve as graças do cozinheiro real. Assim Salomão trabalhou como ajudante por muitas semanas na cozinha até que um dia pediu ao cozinheiro, que tinha se tornado seu amigo, que o deixasse preparar a comida real. O cozinheiro consentiu, e Salomão preparou um suntuoso banquete. Quando o rei Amon experimentou a comida, chamou o cozinheiro real e perguntou:
— Quem foi que fez esta comida? Pois você nunca me trouxe uma comida tão exótica.
O cozinheiro então contou que a refeição havia sido preparada por Salomão e, desde então, somente Salomão é que preparava sua comida.
Como chefe da cozinha real, Salomão atraiu a atenção de Naamah, a filha do rei, que se apaixonou por ele e quis tê-lo como marido. Salomão também se apaixonou por Naamah, e logo ela anunciou a seu pai que queria casar-se com ele. Mas o rei Amon ficou furioso. Como poderia sua filha, uma princesa, escolher para seu marido um cozinheiro, tendo aos seus pés todos os príncipes do mundo? E, na sua raiva, ordenou que levassem o casal para um deserto onde eles foram deixados para morrer.
Aconteceu então de estarem, Salomão e Naamah, completamente sozinhos numa vasta região selvagem. Não tinham nenhuma provisão de alimentos ou água, e o sol sobre eles parecia fogo queimando seus corpos. Tudo o que tinham era a roupa do corpo e um cajado que Salomão carregava consigo. Ocorreu então a Salomão que este bastão deveria lhe servir como uma vara divina e, utilizando-o dessa maneira, encontrou uma corrente de água, que fluía embaixo das areias. Então, ele cavou um poço que se encheu de água clara e fresca, e foi aí que eles construíram sua casa. Com os frutos que encontraram, eles se sustentaram. Com as pedras que ajuntaram, Salomão construiu uma cabana. Com a água, irrigou e fertilizou a terra. Ali plantou várias espécies de frutas que ia encontrando pelo lugar, inclusive muitas variedades de cactos que davam frutos. Foi assim que, depois de alguns anos, fizeram daquele deserto um lar, e transformaram-no num oásis. Tiveram três filhos, que criavam juntos, dois meninos e uma menina. Com o tempo, Salomão esqueceu da sua vida como rei, e pensava em si como num homem que construiu seu lar no deserto. Não sentia falta de sua vida anterior, pois seus dias eram plenos e suas noites pacíficas. Enquanto rei, ele tivera muitas noites insones tentando chegar a decisões justas. Assim se passaram doze anos. Então, um dia aconteceu vir, do alto do nada, uma nuvem muito escura que cobriu todo o deserto, tão longe que eles não conseguiam enxergar em nenhuma direção. Choveram grandes quantidades de água, tão grandes, que formaram rapidamente ondas enormes, que fizeram pedaços da cabana de Salomão, e levaram na enxurrada sua mulher Naamah. Salomão bateu-se com as águas, com uma criança no seu braço esquerdo e as outras duas no direito. Logo em seguida veio uma outra onda enorme que arrebatou as crianças de seu poder, e ele as perdeu. O mundo escureceu a sua volta, e ele foi carregado pela torrente e jogado a uma grande distância.
Quando despertou, correntes prendiam seus pés e suas mãos. Procurando, ele descobriu que havia sido capturado por ladrões que o encontraram inconsciente após a tormenta. Os ladrões o carregaram e o venderam como escravo, mas Salomão não se abalou quando viu qual tinha sido o seu destino. Ele estava desolado e aflito com a perda de sua família. Salomão foi vendido como escravo a uma caravana, que o levou através do deserto escaldante. Chegando a um reino estrangeiro, foi finalmente vendido a um ferreiro. Como escravo do ferreiro, Salomão era obrigado a trabalhar no fole para que o fogo não se apagasse, e já que Salomão era um trabalhador sério, o ferreiro logo confiou nele e o respeitou. Acontece que este ferreiro tinha um filho que queria ser ourives e era mesmo bem habilidoso neste ofício. Entre as habilidades que Salomão possuía, uma delas era a de ourivesaria; no seu tempo livre, ele ensinou o filho do ferreiro, cuja arte cresceu tanto, que ele foi capaz de ocupar um posto na corte do rei.
Um dia, quando o jovem joalheiro estava visitando o pai, ele conversou com Salomão que pediu a ele que o deixasse fazer uma jóia para o rei. O jovem concordou, e dessa maneira Salomão fez uma pomba de ouro, incrustada com rubis, esmeraldas, turquesas, “pedras da lua”, pérolas e diamantes. Atrás da pomba, ele colocou um fino ramo de ouro no qual pendurou sinos que pareciam botões em flor. Quando o jovem joalheiro presenteou esta jóia ao rei, este ficou maravilhado com a sua beleza e a grande habilidade de seu criador. Ele então perguntou ao joalheiro o por quê desta jóia ser tão superior a tudo o que ele já havia anteriormente criado. O jovem confessou ao rei que esta obra havia sido feita, na verdade, por um escravo que trabalhava para seu pai, o ferreiro. Assim foi que o rei ordenou a compra de Salomão e ele se tornou o chefe dos joalheiros do palácio.
Desta forma, Salomão chamou a atenção do rei, que reconheceu nele grande sabedoria. Pouco a pouco, o rei trazia Salomão para debater negócios do reino e pedia seus conselhos para os grandes e pequenos assuntos. Acontece que, por esta época, a filha do rei, estava obcecada por um sonho que a atormentava noite após noite. No sonho, ela via um homem escalando um penhasco alto onde havia uma caverna cuja entrada tinha o formato de uma meia lua. Ela nunca via o rosto do homem que escalava, mas, como sempre acontece nos sonhos, seus olhos o viam assim que ele entrava na caverna, e via que ele retirava de uma rachadura da parede uma jóia de imensa beleza, iluminada por dentro como se fosse uma chama.
A princesa ficou obcecada pela idéia de que ela deveria possuir esta jóia de qualquer forma e, enquanto suspirava pela jóia, sua saúde foi se deteriorando, e ela recusava-se a sair do seu quarto. Finalmente, uma noite ela pôde, num relance, reconhecer o rosto do homem que escalava o penhasco, e o rosto que ela viu foi o de Salomão.
Quando ela relatou este sonho a seu pai, o rei entendeu que deveria incumbir ao seu sábio joalheiro Salomão, da tarefa de encontrar a caverna e trazer a jóia que tão desesperadamente sua filha desejava. Salomão não hesitou em assumir a tarefa, muito pelo contrário, logo se pôs em ação. E como ele procedeu? Ele lembrou-se de que a entrada da caverna do sonho da princesa tinha o formato de meia lua. Fora ali que ela avistara o penhasco com a caverna ao lado, e era o que ele deveria buscar.
Assim, Salomão viajou por muitos anos e, em cada lugar que chegava, perguntava por uma caverna com a entrada em forma de meia lua, mas ninguém nunca tinha ouvido falar deste lugar. Até que um dia Salomão ouviu uma criança chamar outra na rua: “Vamos até o esconderijo da meia lua”. Ao ouvir isso, Salomão nem pôde acreditar na sua sorte e dirigiu-se ao menino pedindo-lhe que o levasse ao lugar. Quando lá chegaram, Salomão viu o penhasco com uma caverna ao lado, cuja entrada tinha o formato de meia lua. Ele alegrou-se, deu ao menino uma moeda de prata e começou a escalar o penhasco. Levou quase uma hora para alcançar a sua entrada no alto do penhasco, e quando a atingiu, estava extenuado. Então ele procurou em todas as fendas da parede, mas não encontrou nada que se assemelhasse com a jóia vista pela princesa. Tudo o que ele encontrou foi uma pedra tosca, que não se diferenciava das outras que estavam lá dentro. Mas como não havia nenhum outro indício, Salomão deu um golpe com a pedra na parede e esta se partiu em duas. Neste momento, uma jóia linda e brilhante caiu da pedra, e Salomão entendeu que sua missão estava realizada. Colocou a jóia numa bolsa agarrada a seu corpo, deitou-se e adormeceu.
Estava tão cansado que dormiu por algumas horas. Quando despertou, percebeu que a caverna não estava mais iluminada pela luz de fora, pois o céu tinha escurecido totalmente. Quando foi para a saída da caverna e olhou para baixo, viu uma corrente de água vindo, e que as águas avolumavam-se e aproximavam-se da entrada da caverna. Outra onda veio e começou a encher a caverna, e Salomão sentiu que corria um grande perigo de afogar-se. Agarrou-se a uma rocha quando uma nova onda o abarcou e, quando ela retrocedeu, atirou-se na água na direção da saída da caverna. Seguindo a corrente, foi levado longe. Quando a onda finalmente deixou Salomão em pé, ele viu que ela o havia trazido ao reino de onde saíra para buscar a jóia. Com alívio e alegria, Salomão correu ao palácio, deu a jóia ao rei, relatando tudo o que lhe havia ocorrido. Quando a princesa viu a jóia de seus sonhos, a alegria substituiu a tristeza, e sua recuperação foi rápida e completa.
O rei deste lugar estava tão agradecido a Salomão por ter tornado possível a recuperação da princesa, que disse a Salomão que ele poderia escolher o que quisesse. Salomão, então pela primeira vez, contou ao rei toda a sua verdadeira história, que ele também havia sido um grande rei. Pediu que lhe fosse restituída a liberdade, para que pudesse recuperar o seu reino. O rei logo satisfez o seu desejo e ordenou que preparassem um navio, bem equipado, para Salomão viajar. Nesta noite houve uma grande festa, brindaram e alegraram-se.
Salomão zarpou no dia seguinte, partindo em busca de seu reino perdido. Para se distrair na longa viagem, resolveu pescar. E, na primeira vez que lançou seu anzol no mar, achou, no fim da linha, um magnífico peixe dourado, jamais visto. Salomão estava tão contente que resolveu ele mesmo preparar o peixe, ao invés de confiá-lo ao cozinheiro do navio. Mas quando Salomão abriu o peixe, ficou surpreso de encontrar na sua barriga o seu anel mágico, gravado com o Inefável Nome, que Asmodeus havia atirado no mar. Salomão alegrou-se em recuperar o anel, colocou-o no dedo e, neste mesmo instante, ele se encontrou sentado no seu Trono em Jerusalém, com o demônio Asmodeus parado à sua frente.
Então Asmodeus falou:
— Estamos esperando por você há quase uma hora, ó rei. Conte-me agora, você aprendeu alguma coisa sobre o mistério da Ilusão?
Salomão ficou tonto ao saber que ele havia ficado ausente apenas por pouco tempo. Parecia-lhe que se haviam passado muitos anos. Mas quando perguntou a seus ministros, eles confirmaram que somente uma hora havia transcorrido desde sua partida. Então Salomão ordenou a soltura de Asmodeus, pois ele havia atendido seu pedido. E assim que Salomão falou, Asmodeus voou para bem longe, e nunca mais foi visto neste reino enquanto durou o reinado de Salomão, no qual Salomão demonstrou uma sabedoria e uma justiça misericordiosa sem igual, lembrada sempre por todos.
História publicada em: Elijah’s Violin and Other Jewish Fairy Tales, tradução de Hilda Liberman.

Depois de toda esta leitura, uma pergunta é instigante: Como você agiria em cada uma das ilusões do Rei Salomão? Com a mesma preocupação que ele teve?
Derivando desta pergunta: Como você age na sua vida diariamente? Você questiona a si mesmo o que é real, o que realmente está acontecendo de verdade ou apenas vive na verdade apresentada pelas outras pessoas?
O que é realidade e o que é ilusão?
Parece simples, mas comece a pensar com razão sobre o tema e perceberá que não é simples não.
Quer um exemplo?
Veja o que era realidade na sua vida há dez anos atrás e o que é hoje? Muitas coisas, pessoas, fatos, lutas, que há dez anos enfrentaste, hoje sabe que não vale a pena.
Sinal de maturidade e evolução, mas prova que naquela época tudo era ilusão, comparado com a visão de hoje.
No campo profissional: A liderança e cuidado com os demais estão mais voltados ao Rei Salomão ou ao rei mendigo?
Aproveite a fábula e a reflexão.
Através do livre pensar é que encontramos as alternativas de desbaste do nosso eu interior. E será com esta mudança na nossa pedra filosofal que seremos cada vez mais reis da nossa vida com ilusões menores ou suportáveis.
#Ficaadica
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestãoAdvBr
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sexta-feira, 12 de abril de 2013

O bom e velho português

Sei que parece óbvio, mas escrever bem é fundamental para o bom advogado e essencial ao verdadeiro profissional do direito.
Profissional que o é pela sua escrita, saber das leis e dos meandros processuais, afinal é através da petição e no máximo de audiência que ele se vale da sua técnica para buscar/defender o direito do cliente.
Esta responsabilidade de escrever com lógica de raciocínio, claramente e principalmente de forma objetiva e direta não é para qualquer um.
Muitos profissionais escrevem de forma confusa, sem técnica e pior, sequer sabem pedir. Para quem advoga sabe: Se não souber pedir, de nada adianta o direito e todo restante do texto.
E no processo eletrônico tal realidade ficou ainda mais drástica, pois antes, com a petição impressa, ainda líamos correndo antes de entregar no foro… Agora, remetendo virtualmente, muitas vezes sequer passa por uma segunda correção.
Temos que ter rotinas de correção e até mesmo oficinas de como escrever de forma concisa e direta.
Uma reportagem recente nos brindou com várias dicas de como usar melhor este recurso de correção ortográfica e de organização interna que divido a seguir:

(…)
Para as firmas que não podem contratar um revisor, uma coleção de sites — Daily Writing Tips, LR Communications Systems, About.com, LexisOne, entre outros — dão dicas para melhorar a revisão:
1. Use um corretor ortográfico. É uma correção mecânica e automática, que pode pegar erros de ortografia, de acentuação e até mesmo de concordância verbal. Mas não é confiável, porque muitos erros de digitação resultam em palavras existentes. Por exemplo, se você digitar “eros” em vez de “erros”, o corretor não vai apontar o erro porque as duas palavras existem. Dicionários também continuam úteis, não só para conferir a grafia correta de uma palavra, mas também para se escolher a palavra mais precisa para se expressar uma ideia;
2. Peça a alguém para fazer a revisão do texto. O pior revisor é o autor do texto, porque ele se apega ao conteúdo e esquece da gramática, antes de chegar ao terceiro parágrafo. Outra pessoa, que vê o texto pela primeira vez, pode ser mais eficiente na busca de erros gramaticais — ou até mesmo de estilo. Se a revisão for feita em texto no computador, o revisor tem quetem de usar o rastreador de correções. É uma forma de submeter as correções à aprovação do autor do texto e, ao mesmo tempo, ajudá-lo a aperfeiçoar sua redação e seu estilo.
Se o revisor também estiver exercendo a função de editor e encontrar palavras maumal usadas, títulos que podem ser melhorados, parágrafos confusos ou fora de lugar, é melhor apontar as falhas ao autor do texto — e até mesmo sugerir alternativas — do que se meter a reescrever e fazer bobagens. É por isso que, nas publicações diárias, se vê tantos títulos que não correspondem ao que está escrito nas reportagens.
3. Faça a revisão em um texto impresso. É um procedimento antigo, ainda o favorito de muitos revisores. Fazer a revisão em um formato diferente ajuda. Alguns escritores, quando fazem a revisão de seu próprio texto no computador, preferem mudar o formato — o tipo e o tamanho das letras — para tentar se desapegar do conteúdo. Mas a revisão no papel é menos cansativa do que no computador. E tem a vantagem de se poder colocar uma régua logo abaixo da sentença que está sendo lida.
4. A concentração é a chave. Em alguns casos, é possível deixar para fazer a revisão horas depois da finalização do texto — ou no dia seguinte. Para textos com deadline apertado, como os das publicações diárias, essa é uma recomendação impossível de ser atendida. Mas, quando há tempo, essa recomendação é útil, porque o intervalo pode ajudar a mente a se afastar do conteúdo. Quem não pode deixar para depois tem de achar maneiras de se concentrar — incluindo não ser interrompido por pessoas, telefonemas etc. Essa é outra causa de muitos erros nas publicações. Nas redações, é quase impossível se concentrar.
5. Leia o texto em voz alta. Em um lugar compartilhado por muitas pessoas, isso pode ser uma prática inconveniente. Talvez possa ser feito “a meia voz”. No entanto, realmente ajuda a encontrar erros, principalmente os de concordância, quando a frase é um tanto longa. A busca por erros de concordância, aliás, deve ser sistemática, porque eles dói no ouvido — quer dizer, [os erros] doem… Ler bem devagar é uma alternativa. Mais uma alternativa: usar o dedo indicador para apontar cada palavra que se está lendo.
6. Leia o texto de trás para a frente. É uma recomendação um tanto estranha, mas é feita por todos os sites de revisão consultados. A razão é que o cérebro processa correções automáticas na leitura de um texto, com o qual ele já está familiarizado e, por isso, passam despercebidos. O texto intero pode ser lido de trás para a frente ou isso pode ser feito por sentenças — “sentenças por feito ser pode isso ou frente a para trás de lido ser pode intero texto o”. Dá para perder a grafia errada de “inteiro”?
7. Revise uma coisa de cada vez. É uma recomendação para perfeccionistas. Há quem tenha disposição e tempo para fazer revisões separadas de estrutura de sentenças, de concordâncias, de ortografia, de acentuação e de pontuação. Difícil é encontrar tempo para fazer tudo isso. Sai mais em conta contratar um revisor profissional. Há revisores que trabalham por tarefa ou empreitada.
8. Cheque todos os nomes e todos os números, separadamente. Essa conferência merece ser feita em separado, porque erros na grafia de nomes ou em valores ou datas podem ser desastrosos. Imagine uma carta dirigida a um cliente que a firma está se esforçando para conquistar, com a grafia errada de seu nome. Errar um nome é, possivelmente, o maior “crime” que um redator pode cometer — em alguns casos, podem ser punidos com “pena de morte” (para o relacionamento entre o cliente e o advogado). Para jornais, pode resultar em processo, embora possa não gerar danos (veja texto na Conjur).
9. Mantenha uma lista de seus erros ordinários, especialmente de digitação. E, especialmente, aqueles que resultam em outra palavra existente no idioma e que não serão detectados pelo corretor ortográfico. Faça uma busca, no editor do Word, por essas palavras, porque elas podem escapar à revisão visual.
10. Defina uma “política de revisão” para a firma. O advogado e escritor Robert Unterberger, que treina advogados em redação e revisão de textos, afirma que isso é tão importante para as firmas que elas deveriam se ver como “editoras”. Afinal, todo o material escrito produzido pelas firmas é importante.
(…)
Fonte: http://www.conjur.com.br/2013-abr-01/sites-recomendam-metodos-uteis-escritorios-revisao-textos

Você usa estas dicas? Revisa seus textos? Tem previsão disto frente a realidade do processo eletrônico?
Melhor previnir que remediar…
Melhor revisar do que emendar a inicial…
Não é mesmo?
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestãoAdvBr
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quinta-feira, 11 de abril de 2013

[Departamento as quintas] Exemplos


Todas as quintas-feiras publicamos no portal www.gestao.adv.br um artigo inédito sobre departamentos jurídicos e seus relacionamentos internos, com escritórios terceirizados e muito mais. Nos acompanhe!
Você já pensou no valor dos exemplos?
Inúmeros cursos, palestras, discursos, metas, objetivos, visão, enfim, um universo de gestão, tecnologia e muita informação e as vezes o funcionário comete atos bobos, quiçá afrontosos a tudo que a empresa dissemina como verdade.
Todos sabemos, especialmente no Brasil, que exemplo parece algo dos outros, enquanto cada um faz o que melhor lhe aprouver.
Dentro das empresas isto se torna numa bagunça generalizada. Faça o que digo e não o que faço, como muitos afirmam.
Situações que vão muito além de horário, tomar chimarrão e pontos isolados.
Situações que deixam o pessoal de Compliance* loucos!
Contudo, muito além de regras, hierarquia e valores, temos os exemplos pessoais.
Vejamos este texto como reflexão:
A mãe levou seu filho ao Mahatma Gandhi e implorou:
“Por favor, Mahatma, peça ao meu filho para não comer muito açúcar, pois faz mal à saúde”.
Gandhi, depois de uma pausa, pediu:
“Traga seu filho daqui há duas semanas”.
Duas semanas depois, ela voltou com o filho. Gandhi olhou bem fundo nos olhos do garoto e disse:
“Não coma muito açúcar, pois faz mal à saúde”.
Agradecida, mas, perplexa, a mulher perguntou:
“Por que me pediu duas semanas? Podia ter dito a mesma coisa antes!”
E Gandhi respondeu:
“Há duas semanas, eu estava comendo açúcar. Não posso exigir dos outros aquilo que não pratico”.
Podemos exigir de nossos subordinados exatamente aquilo que estamos praticando?
Por falar em exemplo, a Zero Hora publicou uma reportagem de Marcelo Gonzatto que merece destaque (separei alguns trechos):

Quando falta gentileza
Nova lei para garantir assento a idosos em Porto Alegre provoca debate sobre necessidade de haver regras de boa convivência
Ceder o assento a um idoso, recolher o cocô do cachorro e não importunar o vizinho com música no volume máximo são exemplos de regras de convivência que o simples bom senso manda obedecer. No Brasil, viram leis em uma tentativa de garantir seu cumprimento – como a norma que entrou em vigor esta semana na Capital para forçar o respeito à reserva de lugares nos ônibus.
Mesmo assim, são diariamente ignoradas e desafiam especialistas de diferentes áreas a explicar por que a gentileza depende de regulamentação no país.
Na segunda-feira, entrou em vigor na Capital uma nova lei para forçar o cumprimento do que já era previsto na legislação: a preferência nos assentos de transporte coletivo para idosos, gestantes e pessoas com deficiência. Agora, motoristas e cobradores deverão exigir a obediência dos passageiros sob pena de autuação e multa das empresas. Para isso, estão orientados a parar o veículo e até a chamar a Brigada Militar para alcançar o que apenas a boa educação já deveria garantir. Mas por que é preciso a chegar a esse ponto em metrópoles como Porto Alegre?
O antropólogo Roberto DaMatta afirma que a falta de educação refletida em situações cotidianas como o desrespeito às filas e a irresponsabilidade no trânsito está entranhada na sociedade. Segundo ele, pesquisas demonstram que a população brasileira vê como “otário” quem cumpre rigorosamente as normas. As origens desse tipo de distorção estão enraizadas na história.
– Em um país que teve escravidão até anteontem, só quem seguia normas eram os escravos, que levavam porrada. Por isso, até hoje consideramos cumprir regras uma babaquice – avalia DaMatta, 76 anos, que costuma ver engravatados de 40 anos cortando sua frente em filas de aeroporto quando o alto-falante convoca os idosos a embarcar com prioridade.
Outro problema, segundo o antropólogo, é que essa herança nefasta é reforçada por maus exemplos que vêm de cima.
(…)
Para a filósofa Cecília Pires, a solução para esse tipo de problema é complexa e exige mais do que simplesmente criar novas leis:
– Pelo conjunto de leis que já temos, deveríamos viver da maneira mais harmoniosa possível no Brasil. Mas não é o que se vê.
Cecília acredita que a solução para o problema coletivo é, na verdade, individual:
– Precisamos de uma revolução ética dentro de cada um.
Marcelo Gonzatto – Zero Hora, 27 de março de 2013 – Fonte:http://www.antp.org.br/website/noticias/show.asp?npgCode=1E49CBF1-3D3C-404D-8D36-F3D3073D29C3 (grifo nosso)

Penso como Cecília Pires: Precisamos mudar a si em primeiro lugar. Depois, precisamos de regras que reforcem a punição em caso de descumprimento. Ainda, precisamos de fiscalização. E, lógico, precisamos ter a clareza de quem não se adapta que saia fora, ou como diz o Capitão Nascimento: Que peça pra sair!
Uma empresa tem seus valores, condutas e principalmente regras. Seus líderes sabem disto e devem a todo custo agir como Ghandi: Viver, respirar, exercer estes valores para que seus subordinados possam segui-los com a mente aberta e conduta ilibada.
Com uma liderança exemplar assim, o pessoal de Compliance* pode ficar sossegado ;)
Sejamos a mudança que queremos ver no mundo! (Ghandi)
Que nosso exemplo seja a verdade que exercermos na revolução de cada dia a dia, afirmo eu.

Compliance é o conjunto de disciplinas para fazer cumprir as normas legais e regulamentares, as políticas e as diretrizes estabelecidas para o negócio e para as atividades da instituição ou empresa, bem como evitar, detectar e tratar qualquer desvio ou inconformidade que possa ocorrer (http://pt.wikipedia.org/wiki/Compliance).
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestãoAdvBr
www.gestao.adv.br  |  gustavo@gestao.adv.br

[Departamento as quintas] Exemplos


Todas as quintas-feiras publicamos no portal www.gestao.adv.br um artigo inédito sobre departamentos jurídicos e seus relacionamentos internos, com escritórios terceirizados e muito mais. Nos acompanhe!
Você já pensou no valor dos exemplos?
Inúmeros cursos, palestras, discursos, metas, objetivos, visão, enfim, um universo de gestão, tecnologia e muita informação e as vezes o funcionário comete atos bobos, quiçá afrontosos a tudo que a empresa dissemina como verdade.
Todos sabemos, especialmente no Brasil, que exemplo parece algo dos outros, enquanto cada um faz o que melhor lhe aprouver.
Dentro das empresas isto se torna numa bagunça generalizada. Faça o que digo e não o que faço, como muitos afirmam.
Situações que vão muito além de horário, tomar chimarrão e pontos isolados.
Situações que deixam o pessoal de Compliance* loucos!
Contudo, muito além de regras, hierarquia e valores, temos os exemplos pessoais.
Vejamos este texto como reflexão:
A mãe levou seu filho ao Mahatma Gandhi e implorou:
“Por favor, Mahatma, peça ao meu filho para não comer muito açúcar, pois faz mal à saúde”.
Gandhi, depois de uma pausa, pediu:
“Traga seu filho daqui há duas semanas”.
Duas semanas depois, ela voltou com o filho. Gandhi olhou bem fundo nos olhos do garoto e disse:
“Não coma muito açúcar, pois faz mal à saúde”.
Agradecida, mas, perplexa, a mulher perguntou:
“Por que me pediu duas semanas? Podia ter dito a mesma coisa antes!”
E Gandhi respondeu:
“Há duas semanas, eu estava comendo açúcar. Não posso exigir dos outros aquilo que não pratico”.
Podemos exigir de nossos subordinados exatamente aquilo que estamos praticando?
Por falar em exemplo, a Zero Hora publicou uma reportagem de Marcelo Gonzatto que merece destaque (separei alguns trechos):

Quando falta gentileza
Nova lei para garantir assento a idosos em Porto Alegre provoca debate sobre necessidade de haver regras de boa convivência
Ceder o assento a um idoso, recolher o cocô do cachorro e não importunar o vizinho com música no volume máximo são exemplos de regras de convivência que o simples bom senso manda obedecer. No Brasil, viram leis em uma tentativa de garantir seu cumprimento – como a norma que entrou em vigor esta semana na Capital para forçar o respeito à reserva de lugares nos ônibus.
Mesmo assim, são diariamente ignoradas e desafiam especialistas de diferentes áreas a explicar por que a gentileza depende de regulamentação no país.
Na segunda-feira, entrou em vigor na Capital uma nova lei para forçar o cumprimento do que já era previsto na legislação: a preferência nos assentos de transporte coletivo para idosos, gestantes e pessoas com deficiência. Agora, motoristas e cobradores deverão exigir a obediência dos passageiros sob pena de autuação e multa das empresas. Para isso, estão orientados a parar o veículo e até a chamar a Brigada Militar para alcançar o que apenas a boa educação já deveria garantir. Mas por que é preciso a chegar a esse ponto em metrópoles como Porto Alegre?
O antropólogo Roberto DaMatta afirma que a falta de educação refletida em situações cotidianas como o desrespeito às filas e a irresponsabilidade no trânsito está entranhada na sociedade. Segundo ele, pesquisas demonstram que a população brasileira vê como “otário” quem cumpre rigorosamente as normas. As origens desse tipo de distorção estão enraizadas na história.
– Em um país que teve escravidão até anteontem, só quem seguia normas eram os escravos, que levavam porrada. Por isso, até hoje consideramos cumprir regras uma babaquice – avalia DaMatta, 76 anos, que costuma ver engravatados de 40 anos cortando sua frente em filas de aeroporto quando o alto-falante convoca os idosos a embarcar com prioridade.
Outro problema, segundo o antropólogo, é que essa herança nefasta é reforçada por maus exemplos que vêm de cima.
(…)
Para a filósofa Cecília Pires, a solução para esse tipo de problema é complexa e exige mais do que simplesmente criar novas leis:
– Pelo conjunto de leis que já temos, deveríamos viver da maneira mais harmoniosa possível no Brasil. Mas não é o que se vê.
Cecília acredita que a solução para o problema coletivo é, na verdade, individual:
– Precisamos de uma revolução ética dentro de cada um.
Marcelo Gonzatto – Zero Hora, 27 de março de 2013 – Fonte:http://www.antp.org.br/website/noticias/show.asp?npgCode=1E49CBF1-3D3C-404D-8D36-F3D3073D29C3 (grifo nosso)

Penso como Cecília Pires: Precisamos mudar a si em primeiro lugar. Depois, precisamos de regras que reforcem a punição em caso de descumprimento. Ainda, precisamos de fiscalização. E, lógico, precisamos ter a clareza de quem não se adapta que saia fora, ou como diz o Capitão Nascimento: Que peça pra sair!
Uma empresa tem seus valores, condutas e principalmente regras. Seus líderes sabem disto e devem a todo custo agir como Ghandi: Viver, respirar, exercer estes valores para que seus subordinados possam segui-los com a mente aberta e conduta ilibada.
Com uma liderança exemplar assim, o pessoal de Compliance* pode ficar sossegado ;)
Sejamos a mudança que queremos ver no mundo! (Ghandi)
Que nosso exemplo seja a verdade que exercermos na revolução de cada dia a dia, afirmo eu.

Compliance é o conjunto de disciplinas para fazer cumprir as normas legais e regulamentares, as políticas e as diretrizes estabelecidas para o negócio e para as atividades da instituição ou empresa, bem como evitar, detectar e tratar qualquer desvio ou inconformidade que possa ocorrer (http://pt.wikipedia.org/wiki/Compliance).
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestãoAdvBr
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