O dia 1º de Julho de 1988 foi um dia especial para o mundo: há 20 anos nascia a espinha dorsal da Internet, o primeiro backbone de 1,5 megabit por segundo. Dois anos antes, a National Science Foundation (NSF) havia deixado para trás as barreiras do militarismo que ainda envolvia a ArpaNet, o verdadeiro embrião da Internet, e criado uma rede onde qualquer instituição poderia conectar suas próprias redes. A "rede das redes" da NSF nascera com seis nós e uma conexão de 56 kbps, uma velocidade enorme para uma época em que os modems profissionais funcionavam a 4.800 bps. Mas o crescimento das redes interligadas foi maior do que o esperado, exigindo um salto impressionante para a época - um backbone de 1,5 Mbps não era algo que simplesmente se solicitava pelo 0800 de uma operadora, era algo que devia ser essencialmente criado, configurado e testado. É por isso que a NSF, ao comemorar o 20º aniversário da implantação do seu backbone, chamou aquele 1º de Julho histórico de "O dia em que o mundo mudou." E mudou para melhor, para muito melhor. O conhecimento humano, antes encerrado em bibliotecas inacessíveis para a maioria, de repente começou a fluir por canais que agora se espalham pelo mundo inteiro. E esta fluidez está catalisando novas mudanças, acelerando-as. Claro que há os que alardeiam que a Internet também espalha coisas ruins. Há que se combater esses desvios, sem qualquer dúvida, mas não há motivos para se concentrar neles. Se os olhos são o espelho da alma, talvez essas pessoas não consigam ver muito além do que já trazem consigo. De forma que são justamente elas as que mais têm a ganhar com a fluidez do conhecimento, com a colaboração bondosa e desprendida dos anônimos que constroem essa nova Biblioteca de Alexandria sem muros e sem fronteiras, quem sabe inspirando-se para transformar o hoje naquele dia em que o seu próprio mundo irá mudar. Boa leitura. Agostinho Rosa Editor |
quarta-feira, 2 de julho de 2008
O dia em que o mundo mudou
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Um comentário:
Agostinho
Obrigado por nos lembrar desse fato histórico.... certamente não conseguimos mais ver a nossa identidade de sociedade sem a internet.
Realmente marcante!!!!
Abraço;
Mauro
mauro.oliveira@vilelaleite.com.br
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