quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Mensagens Pessoais: Era uma vez um Neném ( para Luisinho que acaba de nascer)

Ana Lucia de Mattos Santa Isabel - analucia.orion@uvaol.com.br

Amados,
na cidade onde moro, nos limites do império, há um jornal semanal no qual tenho uma coluna.Coisa de pouca monta. Na edição desta semana , dou as boas vindas a esta vida a meu lindo neto.Luisinho, que nasceu nesta terça -feira.
Como toda avó é por natureza exibidade , sobretudo as leoninas, permitam-me dividir com vocês o texto em questão. Os curiosos, podem ver uma linda foto do pequeno em anexo.
Beijos a todos, Aninha, fada peregrina

Era uma vez um Neném ( para Luisinho que acaba de nascer)

Era uma vez um Reino que de tão antigo começou lentamente a ficar cinzento. Estava já perdendo a graça inerente a todo reino que se preza, quando o poderoso Rei, descobriu o que fazia o Reino triste e cinza. Lá não havia mais criança. O sábio e bondoso Rei, então, ordenou o nascimento de uma criança.

O bebê nasceu na tarde do último dia do primeiro mês da Primavera.Houve grande festa no Reino. Os arautos foram enviados aos quatro cantos para anunciar o nascimento. E de todo o Reino chegaram raríssimos presentes para abençoar a chegada do principezinho. Uns mandaram bênçãos, outros bons votos.Todos mandaram Amor.

Ah! Que belo menino. Trouxe, ao chegar, a marca dos grandes seres no olhar. Recebeu nome de Luis, filho da Luz. Nome muito de acordo com sua nobre estirpe.

Uma fada que há anos, muitos anos, peregrinava pelo Reino, ao tomá-lo no colo soube que o amaria para sempre e por mais que quisesse contar-lhe histórias e segredos, viu-se muda de doce espanto ante o milagre de seu rostinho tão rosado e doce.

Sua voz calou-se por instantes.Mas seu coração disse-lhe em segredo versos antigos de um amoroso poeta. Como os versos eram antigos e a fada mais ainda, ela fez umas mudanças para que as palavras do poeta ficassem bem para a ocasião. Os versos soaram como um desejo, uma bênçao , na antiga tradição das fadas. O fato é que os dois se entenderam. O poeta há de perdoá-la por tomar-lhe os versos de empréstimo.

O vento que espionava pendurado nas folhas do abacateiro que por lá havia, contou a quem quis ouvir, em segredo, os versos arranjados:

“Neném, vou dizer quanto eu te amo
Cantando o amor
Que nós plantamos
Que veio a tempo
Nesse tempo que carece
Dum carinho, duma prece
Dum sorriso, dum encanto

Neném , imagina o meu espanto
Ao ver você
Que cresceu tanto
Pois no silêncio mentiroso
Tão zeloso dos enganos
Hás de ser puro
Como o grito mais profano
Como a graça do perdão
E que você faça vir o dia
Dia a dia mais feliz
E seja da alegria
Sempre um aprendiz
Eu te repito
Este meu canto de louvor
Ao fruto mais bendito
Do Sagrado Amor”

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