quarta-feira, 22 de maio de 2013

Flexibilidade horário e local. Estamos preparados?

No Reino Unido, uma pesquisa com 1026 gestores demonstrou que 94% destes compreendem que o modelo comum de gestão (horário, bater ponto, trabalhar apenas na empresa) é coisa do passado.

Não estamos falando de 20 ou 60%. Estamos discorrendo de 94% dos entrevistados. É um número notável, principalmente por terem sido compreendidos na pesquisa mais de 1000 líderes.

Vejamos parte da notícia:

Se você já "bateu ponto" algum dia, comece a pensar em abandonar a prática. O trabalho em horário fixo e dentro do escritório é coisa do passado. Ao menos no Reino Unido, berço do modelo industrial de gestão, a prática já ficou para trás em 94% das empresas

É o que indica a pesquisa “Trabalho Flexível: Adeus 9h às 5h”, do Institute of Leadership & Management (ILM). O levantamento, feito com 1026 gestores, mostra que essa flexibilidade já é uma realidade na terra da rainha.

O que eles entendem por flexibilidade já anda na pauta das empresas brasileiras há tempos: trabalho remoto, horário flexível, compartilhamento de tarefas e possibilidades de atuação em meio período. 

Dos entrevistados, 82% acham que esse tipo de mobilidade gera benefícios para os novos negócios, uma vez que percebem ganhos de produtividade nos seus subordinados. Entretanto, apenas 73% têm aval e apoio da alta diretoria para adotar as práticas.

Lá - como cá - ainda existem as tais “barreiras culturais siginficativas”, como menciona o estudo. Comentários depreciativos contra colegas de trabalho que usufruem de home office ou horário alternativo são comuns para 31% dos entrevistados. Para um quinto, uma decisão como essa poderia “limitar” a carreira na organização.

Embora o estilo de gestão já dê sinais claros de mudança, para o ILM, os líderes não tiveram de enfrentar grandes desafios no que tange suas habilidades. “As habilidades centrais para liderar times flexíveis são as mesmas necessárias para trabalhar e conduzir de forma eficiente em qualquer infraestrutura”, diz o estudo.

A comunicação é vista pelos entrevistados como elemento-chave para o bom funcionamento da prática – 88% deles veem essa habilidade como necessária. A capacidade de dar instruções claras é valorizada por 87% dos gestores, bem como suas habilidades com planejamento.

Fonte: http://exame.abril.com.br/gestao/noticias/reino-unido-poe-fim-ao-horario-rigido-e-ao-escritorio-fixo

Uma realidade que parece distante da nossa, não é mesmo?
Aqui, queremos o trabalho no horário, segundo a segundo.

Aqui, cada vez mais quem produz tem que pagar (basta analisar os impostos pagos) enquanto aqueles que deveriam dar a contrapartida em nome de todos se calam.

Aqui, trabalho é sinônimo de emprego.

Devemos pensar realmente nisto. Trabalhar com flexibilidade de horário ajuda muitas pessoas. Outras não, por óbvio.

Requer muito compromisso, dedicação, organização, planejamento, enfim, não é para qualquer tipo de trabalho nem qualquer tipo de funcionário, mas é uma ideia que não pode ser desprezada.

Embora muitos tenham preconceito em relação ao home office, a tendencia deste tipo de trabalho com o tipo de vida que estamos cada vez mais sendo adaptados a levar (multiplas tarefas) é natural.

No seu negócio, isto pode ser implementado?

Já fez testes?

Pelo menos pensou a respeito?

Tendências são assim, podem vir e voltar, podem ser úteis ou nem tanto, mas pelo menos nos levam a reflexão: Será que aonde estou hoje, é o melhor que posso chegar?

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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestaoAdvBr
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