Quando falamos em demissão, a primeira impressão que se tem é que a
pessoa é um nada no mundo, como se aquela pessoa fosse feita
exclusivamente para aquele cargo e se aquele cargo não for mais seu,
nada mais resta no mundo.
Deixa isto pros dramalhões mexicanos.
Há momentos que a demissão é necessária. Momentos em que o empregado
perde a noção de que ele não tem um emprego, mas sim presta um serviço
ao empregador.
Qual a diferença?
Quando presto um serviço ao empregador, sou atento, cumpro objetivos,
sigo a filosofia da empresa, enfim, estou 100% focado e dedicado para
quem estou prestando serviço.
Quando sou empregado, cumpro horário, faço o que der para ser feito,
deixo pra depois, afinal, tenho todo tempo do mundo, estou empregado,
tenho uma CLT para me proteger e nada me acontecerá.
Infelizmente este perfil de empregado existe aos montes. Todavia, não
quer dizer que apenas o empregado pode ser demitido. Quem presta um
serviço também, mas por motivos/razões diferentes.
Quem é empregado normalmente é demitido porque tem milhões iguais a ele
que aceitam o mesmo emprego por um valor menor, ele não agrega tanto
assim na sua função que valha a pena estar com ele, enfim, sua
característica profissional faz com que ele pule de galho em galho.
Já o prestador de serviço pode estar deslocado, pode estar desmotivado, a
empresa pode não reconhecer seus atributos ou seus atributos não
pertencem a empresa que ele trabalha...
Nem sempre precisamos demitir, por óbvio. Aliás, sair demitindo apenas
por alguns erros é burrice. Devemos demitir depois de treinarmos,
reiteradas vezes alertar sobre os problemas, conversar a respeito.
Demitir é caro ao negócio, custa treinar pessoas, adequar perfis dentro
da equipe e selecionar alguém para tanto.
Antes de demitir, também pense na função que a pessoa exerce. Já
presenciei vários casos em que trocando de função na empresa a pessoa se
sobressai. Nem sempre é a pessoa o problema, as vezes é a função que
ela está exercendo naquele momento.
Afinal, quem é demitido, pessoa ou função?
Depende. As vezes a pessoa, as vezes a função e em alguns casos nenhuma destas alternativas.
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestaoAdvBr
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segunda-feira, 3 de junho de 2013
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