segunda-feira, 3 de junho de 2013

Quem é demitido? Pessoa ou função?

Quando falamos em demissão, a primeira impressão que se tem é que a pessoa é um nada no mundo, como se aquela pessoa fosse feita exclusivamente para aquele cargo e se aquele cargo não for mais seu, nada mais resta no mundo.

Deixa isto pros dramalhões mexicanos.

Há momentos que a demissão é necessária. Momentos em que o empregado perde a noção de que ele não tem um emprego, mas sim presta um serviço ao empregador.

Qual a diferença?

Quando presto um serviço ao empregador, sou atento, cumpro objetivos, sigo a filosofia da empresa, enfim, estou 100% focado e dedicado para quem estou prestando serviço.

Quando sou empregado, cumpro horário, faço o que der para ser feito, deixo pra depois, afinal, tenho todo tempo do mundo, estou empregado, tenho uma CLT para me proteger e nada me acontecerá.

Infelizmente este perfil de empregado existe aos montes. Todavia, não quer dizer que apenas o empregado pode ser demitido. Quem presta um serviço também, mas por motivos/razões diferentes.

Quem é empregado normalmente é demitido porque tem milhões iguais a ele que aceitam o mesmo emprego por um valor menor, ele não agrega tanto assim na sua função que valha a pena estar com ele, enfim, sua característica profissional faz com que ele pule de galho em galho.

Já o prestador de serviço pode estar deslocado, pode estar desmotivado, a empresa pode não reconhecer seus atributos ou seus atributos não pertencem a empresa que ele trabalha...

Nem sempre precisamos demitir, por óbvio. Aliás, sair demitindo apenas por alguns erros é burrice. Devemos demitir depois de treinarmos, reiteradas vezes alertar sobre os problemas, conversar a respeito. Demitir é caro ao negócio, custa treinar pessoas, adequar perfis dentro da equipe e selecionar alguém para tanto.

Antes de demitir, também pense na função que a pessoa exerce. Já presenciei vários casos em que trocando de função na empresa a pessoa se sobressai. Nem sempre é a pessoa o problema, as vezes é a função que ela está exercendo naquele momento.

Afinal, quem é demitido, pessoa ou função?

Depende. As vezes a pessoa, as vezes a função e em alguns casos nenhuma destas alternativas.

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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestaoAdvBr
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