segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

As lições da mosca

Roberto Shinyashiki escreveu no seu livro Os Donos do Futuro um “causo” chamado a lição da mosca.
Demonstra claramente algo que acontece muito no universo empresarial, principalmente porque as pessoas pensam que sabem tudo.
Talvez esta seja uma das lições.
Outra, que devemos aprender com nossas experiências, contudo não devemos desprezar as novas experiências.
Quiçá mais uma que a ajuda, ouvir o outro é fundamental para a manutenção no universo corporativo.
Vamos a lição:

Lição da Mosca por Roberto Shinyashiki
CERTA VEZ, DUAS MOSCAS CAÍRAM NUM COPO DE LEITE. A primeira era forte e valente. Assim, logo ao cair, nadou até a borda do copo. Como a superfície era muito lisa e suas asas estavam molhadas, porém, não conseguiu escapar. Acreditando que não havia saída, a mosca desanimou, parou de se debater e afundou.
Sua companheira de infortúnio, apesar de não ser tão forte, era tenaz e, por isso, continuou a se debater e a lutar. Aos poucos, com tanta agitação, o leite ao seu redor formou um pequeno nódulo de manteiga no qual ela subiu. Dali, conseguiu levantar vôo para longe.
Por favor, continue lendo esta história até o fim.
Tempos depois, a mosca tenaz, por descuido, novamente caiu num copo, desta vez cheio de água. Como pensou que já conhecia a solução daquele problema, começou a se debater na esperança de que, no devido tempo, se salvasse.
Outra mosca, passando por ali e vendo a aflição da companheira de espécie, pousou na beira do copo e gritou:
“Tem um canudo ali, nade até lá e suba”.
A mosca tenaz respondeu:
“Pode deixar que eu sei como resolver este problema”.
E continuou a se debater mais e mais até que, exausta, afundou na água.

Soluções do passado, em contextos
diferentes, podem transformar-se em
problemas. Se a situação se modificou,
dê um jeito de mudar.

Quantos de nós, baseados em experiências anteriores, deixamos de observar as mudanças em redor e ficamos lutando inutilmente até afundar em nossa própria falta de visão?
Criamos uma confiança equivocada e perdemos a oportunidade de repensar nossas experiências. Ficamos presos a velhos hábitos que nos levaram ao sucesso e perdemos a oportunidade de evoluir. E por isso que os japoneses dizem que na garupa do sucesso vem sempre o fracasso. Os dois estão tão próximos que a arrogância pelo sucesso pode levar à displicência que conduz ao fracasso.
Os donos do futuro sabem reconhecer essas transformações e fazer as mudanças necessárias para acompanhar a nova situação.
Se você leu apenas a primeira parte da história da mosca, talvez tenha pensado: “Essa eu já conheço”. Leia o final para ver o que aconteceu com a mosca.
Agora responda: será que em alguma área de sua vida você está agindo como a mosca da história? Infelizmente, soluções do passado podem transformar-se em problemas no presente. Quando o contexto muda, as soluções mudam também. Ficar estagnado, esperando pelo retorno do passado, é tão inútil quanto esperar o bonde que passava antigamente.

É preciso estar atento.
“Se a única ferramenta que você tem
é o martelo, você tende a tratar tudo como
se fosse um prego.” (Abraham Maslow)

Roberto Shinyashiki

Como é a sua visão de mosca?
Você escuta os demais?
Você aprende com seus erros ou apenas os passa e depois acaba cometendo-os novamente ou bem parecido?
Você abre sua mente para novas possibilidades ou ainda prefere trabalhar com uma máquina de escrever?
Nada contra, a máquina de escrever foi muito útil, assim como foi muito útil pesquisar jurisprudência na sede dos Tribunais (sou deste tempo), contudo hoje não tem o menor nexo, e principalmente por ser uma tremenda perda de tempo que poderia ser usado para coisas mais importantes no trabalho ou ainda para a sua família.
Temos que estar preparados para mudança. Mudar é que é constante e sempre presente. Rotina é para quem gosta de estar parado. Como já disse Sir Isaac Newton: Um objeto tirado da inércia tende a ficar em movimento, exceto se algo lhe parar….
Saia da inércia, abra sua mente, saia da escuridão da rotina e segurança. A luz, sucesso e descoberta de si mesmo e do próprio potencial de trabalho estão intrinsicamente em você.
A mosca é você. A que morreu ou a que sobreviveu. Você decide qual.
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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestaoAdvBr
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